EUA negocia tarifas com mais de 50 países afetados
07/04/2025, 05:46:35Negociações de Tarifas por parte dos EUA
O governo de Donald Trump anunciou no último domingo (6) que mais de 50 países se manifestaram em busca de negociar a eliminação ou redução das tarifas impostas pelos Estados Unidos. Essas propostas podem levar meses para serem concretizadas, mas a pressão internacional está crescendo.
Imposto Universal de Importação
Um imposto universal de importação de 10% entrou em vigor nos EUA no último sábado. Além disso, na última quarta-feira, foi anunciado que os impostos sobre as importações de países Alvo aumentarão, com a União Europeia enfrentando uma taxa de 20% e a China, 34%. Esse anúncio afetou negativamente os mercados globais.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou à NBC que "mais de 50 países entraram em contato com o governo para reduzir as tarifas e acabar com a manipulação de suas moedas". No entanto, ele alertou que a confiança nas propostas é fundamental, mencionando o histórico de "20, 30, 40 ou 50 anos de mau comportamento" por parte desses países.
Reações das Nações
A China respondeu rapidamente às novas tarifas sobre seus produtos, implementando medidas retaliatórias semelhantes. Por outro lado, líderes europeus intensificaram as discussões no fim de semana, preparando-se para uma reunião dos ministros do comércio da UE. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, previu que "o mundo como o conhecíamos acabou", refletindo sobre as mudanças profundas no comércio internacional.
Próximos Passos e Advertências
O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, expressou na CBS que as novas tarifas que entrarão em vigor em 9 de abril não serão objeto de negociações. "Não haverá adiamento", insistiu. Bessent também advertiu que o processo de negociação será demorado, com tarifas possivelmente durando vários meses.
Enquanto isso, o assessor econômico chefe da Casa Branca, Kevin Hassett, afirmou que os países estão buscando negociações porque temem que suas economias sofram as consequências. Ele acredita que não haverá um "efeito importante sobre os consumidores nos Estados Unidos", apesar das previsões de que a inflação pode aumentar e a economia norte-americana desacelere devido às tarifas adotadas.
Considerações Finais
Embora alguns economistas tenham manifestado preocupações em relação ao aumento nos preços, Hassett considera as medidas protecionistas como um método para proteger os trabalhadores dos EUA da concorrência desleal. A decisão de não incluir a Rússia na lista de países afetados é uma estratégia para evitar complicações nas negociações relacionadas ao conflito na Ucrânia. "Isso não significa que a Rússia será tratada de forma muito diferente de todos os outros países por um longo tempo", concluiu Bessent.