Bombardeios israelenses causam 44 mortes em Gaza neste domingo

Bombardeios israelenses causam 44 mortes em Gaza neste domingo

Bombardeios em Gaza

A defesa civil de Gaza afirmou que bombardeios israelenses em território palestino mataram neste domingo (6) pelo menos 44 pessoas. O exército israelense relatou o lançamento de cerca de 10 foguetes de Gaza, aos quais Benjamin Netanyahu pediu para responder. "O saldo dos bombardeios de hoje é de pelo menos 44 mortos, incluindo 21 em Khan Yunis", indicou o porta-voz da defesa civil, Mahmud Bassal, à AFP.

Além das mortes, também foram registrados dezenas de feridos pelos bombardeios israelenses deste domingo. Um dos ataques matou seis palestinos no bairro de Al Tufah, na Cidade de Gaza (norte), onde um grupo de pessoas se reuniu perto de uma padaria, disse Bassal, acrescentando que três crianças estão entre os mortos.

Ação militar israelense

Um funcionário palestino informou que as forças israelenses mataram na Cisjordânia um adolescente de nacionalidade americana, enquanto o exército israelense relatou que eliminou uma pessoa que atirava pedras na mesma região. Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, ordenou uma "forte resposta" ao lançamento de foguetes a partir da Faixa de Gaza. Segundo seu gabinete, "o primeiro-ministro deu instruções para realizar uma forte resposta e aprovou a continuação das intensas operações em Gaza contra o Hamas".

Cerca de dez projéteis foram detectados em território israelense vindos da Faixa de Gaza, a maioria dos quais foi interceptada. "Após o som das sirenes entre 21h01 e 21h02 locais, na região de Lakhish (sul), cerca de dez projéteis foram detectados", informou o exército em nota.

Repercussões e críticas

O Hamas, que tomou o poder em Gaza em 2007, condenou um "assassinato deliberado de crianças" no território palestino, que enfrenta um bloqueio severo por Israel há 18 meses. Ampla fumaça se elevou sobre a Faixa de Gaza, onde vários setores foram bombardeados pelas forças israelenses.

Desde que retomou a ofensiva em Gaza em 18 de março, após dois meses de trégua, Israel intensificou seus ataques e operações. A guerra atual começou com um ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro de 2023 contra Israel a partir da Faixa de Gaza.

Consequências do conflito

Netanyahu tem pressionado militarmente contra o Hamas para tentar recuperar dezenas de reféns sequestrados durante o ataque de 7 de outubro que ainda estão em Gaza. Um bombardeio em Deir al Balah destruiu a casa da família Abu Issa, deixando apenas civis e causando grande destruição. "Era como uma bomba nuclear", comentou um morador local sobre o ataque.

Atualmente, a situação humanitária em Gaza é crítica, com a população de 2,4 milhões enfrentando deslocamento constante e dificuldades severas, exacerbadas pela inércia na entrada de ajuda humanitária.

O ataque de 7 de outubro resultou na morte de 1.218 israelenses, principalmente civis. A retaliação israelense, considerada implacável, causou um número alarmante de mortes, totalizando pelo menos 50.695, a maioria delas civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas.