Os animais que mais se modificaram e para o pior foram os humanos

Em seu livro A Ca-verna – o escritor português prêmio Nobel de Literatura – José Saramago, descreve com altíssima precisão as mudanças do homem – leia-se ser humano – como o animal que mais se modificou, e para pior.

Dentre as análises de Saramago desenvolve os tópicos da crueldade e da tortura como sendo duas grandes “conquistas” alcançadas pelo ser que se diz viver em sociedade, porém carregado do ódio ao não aceitar críticas reais, e que buscam em si a crueldade para a vingança e na tortura um apêndice para ferir aos outros seja de que forma for.

É impressionante como José Saramago deixa claro que somente o homem tem esse “dom” de desenvolver características tão ruins quanto as que nos últimos tempos se tem visto, mesmo levando-se em conta que a maldade humana vem desde os tempos medievais, e muitas das maiores torturas contra outro ser humano tenham sido utilizadas na “Santa Inquisição” chegando ao extremo de se matar em fogueiras quem fosse contrário aos dogmas da igreja dita Cristã – Apostólica Romana – mesmo depois do pedido de desculpas feito pelo Papa Francisco.

A crueldade como forma de atuação ladeada por meio das perseguições que se fazem contra quem manifesta opiniões fundamentadas, entretanto que desmascaram autoridades públicas que usam do “poder” para prejudicar a outrem, agredir e há tempos atrás até mandar matar – crimes de mando – totalmente identificados pela população, todavia nunca apurados pelas autoridades policiais e judiciárias. 

Saramago deixa bastante claro que o ser humano perdeu ao longo dos tempos o respeito mútuo – de um para com o outro – e enveredou pelos meios mais nocivos contra os semelhantes com a finalidade de adquirir ou permanecer no poder.