Bolsonaro critica prisão domiciliar de Débora Rodrigues

Bolsonaro critica prisão domiciliar de Débora Rodrigues

Contexto da Prisão Domiciliar

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que Débora Rodrigues fosse transferida para o regime de prisão domiciliar foi um "recuo tático". A decisão foi recebida por Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu ao pedido e concedeu o benefício à cabeleireira de Paulínia, São Paulo.

A Opinião de Bolsonaro

Em post no X (antigo Twitter), Bolsonaro declarou: "Não estamos comemorando um avanço. Estamos testemunhando um recuo tático. E ainda coberto de cinismo jurídico". Para o ex-presidente, a situação representa um indício de fraqueza nas ações da PGR. Ao afirmar que "A vergonha ficou grande demais para sustentar", Bolsonaro posicionou-se contra a leniência da Justiça em relação ao caso.

Débora Rodrigues e os Eventos de 8 de Janeiro

Débora Rodrigues se tornou um símbolo em meio às discussões sobre anistia a presos dos acontecimentos de 8 de Janeiro. Em relatório do Placar da Anistia do Estadão, observa-se que há 191 votos favoráveis à proposta de anistia. Ela foi detida em março de 2023, após ter participado dos atos de vandalismo do dia 8, onde vandalizou a estátua "A Justiça" utilizando um batom para pichar a frase "Perdeu, mané".

Julgamento e Acusações

A Primeira Turma do STF iniciou o julgamento de Débora, com o relator Alexandre de Moraes sugerindo 14 anos de prisão em regime fechado. Moraes argumentou que, além da depredação, ela fez parte de um bando que visava a deposição do Estado de Direito. As acusações incluem associação criminosa armada e tentativa de golpe de Estado, somando um total de 10 anos e seis meses de pena.

Pausa no Julgamento

O ministro Luiz Fux pediu vistas ao processo, pausando a análise. Durante a sessão, Fux expressou preocupação com a severidade da pena solicitada, considerando-a "exacerbada" para o caso de Débora. Em depoimento, a cabeleireira admitiu os atos de vandalismo, alegando ter agido no "calor do momento" e desconhecer o significado simbólico da estátua.