Bolsonaro e seu calvário inimaginável quando em poder

Aprendi ao assessorar o ex-governador de Alagoas, Moacir Andrade, que o poder é envolvente demais. Em pouco tempo lhe sobe à cabeça e pensa ser o super-homem por sentir quatro ovos entre as pernas, e nem pensar que isso pode ser fruto de alguém lhe estando por trás.

Assim pensou Bolsonaro assumindo a presidência do Brasil cercado de ministros militares – os que estavam consigo entre quatro paredes – mas que de política entendiam muito pouco ou quase nada. Levaram a um desprovido de boa educação, confuso com sua formação de instrução militar, a pensar juntos podemos tudo. Desafiou as leis da natureza chegando a dizer: “daqui só Deus me tira”. E por vontade de Deus foi tirado do cargo que pensou ser seu.

Agora e diante de uma Corte Suprema vai amargar tudo o quanto for possível aos membros do Supremo Tribunal Federal – STF – agora sim, dentro das quatro linhas, sufocando-lhe o corpo e a alma, o cérebro e o coração, por entre decisões a conta-gotas, que irão lhe tirar a paz e o sossego tanto quanto tirou do povo brasileiro ao imitar alguém sem ar, ou respondendo não ser coveiro para saber o número de mortos pelo Covid-19.

Os julgamentos de Lula sobre o mensalão, petrolão, e depois a Lava-Jato, ditos analisados pela justiça levou o presidente atual e único ex-presidente de oito anos de mandatos passados à cadeia em Curitiba na sede da Polícia Federal o que depois foi dito julgado por incompetentes para tal julgamento e decisão, anulando-se tudo, retornando ao cargo pelo sufrágio popular.

O de Bolsonaro já começa na Corte Suprema de onde não cabe mais recurso entre instâncias, já que está na última, e por assim ser entre as Turmas do TRF, ou o plenário dos onze, mesmo que com tantas dialéticas e hermenêuticas empregadas, o cheio de consenso já paira no ar, e a fumaça preta muito em breve deve anunciar não tem mais jeito. É cadeia e pronto.

Além inelegível que também o será.