Alerta para casos respiratórios no Norte e Centro-Oeste
21/03/2025, 08:32:52Casos respiratórios graves no Brasil
Os cenários mais graves são vistos no Distrito Federal, Roraima e na região de Palmas. Todos os estados das regiões Norte e Centro-Oeste, mais o Distrito Federal, estão em nível de alerta devido ao aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Dados alarmantes
O novo boletim Infogripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz -, nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, revela que em nove desses locais, a tendência é de crescimento no longo prazo. A SRAG representa uma piora dos sintomas gripais e pode levar à hospitalização ou até morte. Até o dia 15 de março, o Brasil registrou 21.498 casos de SRAG, com um total de 1.659 óbitos.
Aumentos preocupantes entre crianças
As regiões mais críticas têm visto um aumento significativo de casos, principalmente entre crianças de até dois anos. Segundo a pesquisadora Tatiana Portella, esse crescimento pode estar relacionado à disseminação do Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Ela afirma: "Apenas no Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul há dados laboratoriais suficientes para confirmar essa relação. Ainda nessas regiões, a manutenção do crescimento de SRAG entre crianças e adolescentes de 2 a 14 anos é observada, embora haja sinais de desaceleração em alguns estados, como Mato Grosso e Sergipe”.
Além disso, "No Acre, Goiás, Mato Grosso e Pará também há indícios de início de aumento de SRAG na população jovem e adulta, mas ainda não é possível identificar o vírus responsável”.
Recomendações para a população
Entre os adolescentes mais velhos e crianças, a maioria dos casos resulta de infecção por rinovírus, com registros também de adenovírus e metapneumovírus. A recomendação é que estudantes com sintomas gripais não frequentem as escolas para prevenir a disseminação de um possível vírus.
Uso de máscaras e vacinas
Quem reside nas regiões Norte ou Centro-Oeste deve utilizar máscara em ambientes fechados e postos de saúde, bem como manter a vacinação contra a covid-19 e a influenza em dia. Apesar da incidência de outros vírus, um estudo aponta que 39,8% dos casos com diagnóstico positivo são causados por covid-19.
A vacina contra a covid-19 é parte do calendário básico infantil e deve ser aplicada periodicamente a grupos vulneráveis, como idosos e gestantes. Já a vacina contra a influenza, que é distribuída anualmente, começa a ser oferecida nas unidades de saúde e é destinada a crianças de seis meses a menos de seis anos, gestantes e idosos.