A salada “supermix” dos Calheiros em busca da vaga para o senado

Em toda a sua carreira política, Calheiros só perdeu como candidato ao executivo: prefeito de Maceió e para governador. Neste condão, o acordão pode estar mais do que certo. E aí é só correr para a galera.

A salada “supermix” dos Calheiros em busca da vaga para o senado

Buscando sob todos os ângulos – seja em um trapézio, octógono ou nonaedro, podendo chegar até ao – decágono – os Calheiros, Renan Pai e Renan Filho, estão a usar todas as suas artes marciais para derrotar a quem que seja a atrapalhar a reeleição do mais longevo senador das Alagoas, Renan Calheiros.

Para tanto, aproximar-se dos Caldas não tem nada de estranho já que a política é arte da sobrevivência, palavras ditas a esse redator por

Dom Valério Renan1.jpg

Calheiros em reunião em Palácio Episcopal em Penedo, cuja imagem comprova o encontro. Unir-se aos Caldas nada tem de errado, pois o que realmente importa apara a classe política é a vitória. Mesmo que seja para ambos os lados.

Nas acomodações, Tereza Neuma passa a ser uma peça ou bibelô com requintes de enfeite podendo brilhar nas urnas. Aí a competência tem que ser dela. Mas como boa dançarina de tango, a ex-deputada federal pensa mesmo em manter o companheiro de salão, o PSD como agregado em palanque. Quem já dançou uma vez, porque não dançar de novo?

Neste contexto, não se vê mais entre sorrisos molhados de lágrimas – de alegrias ou de tristezas – a troca de olhares entre os Calheiros e o Rei Arthur que amarga o café frio e biscoito quebrado em Brasília e Maceió. Para os Renans, Lira pode ser até o segundo protagonista da vaga para o senado, não importando a ordem natural do eleitorado. O que não será permitido é a entrada de um terceiro convidado em uma festa para dois. 

Se tudo sair como o ensaiado nas prévias, teríamos um retorno do grupo Baianos e Novos Caetanos com a música: 

“O urubu tá com raiva do boi, e eu sei que ele tem razão, é que o urubu tá querendo comer, mas o boi não quer morrer pois tem boa alimentação”.     

Creditos: Raul Rodrigues