CRB contra ASA na final do alagoano: um retrato do inconformismo com a realidade vista a olhos nus

Gol a gol ganhou quem fez mais. E como disse a um amigo arapiraquense, Anselmo Ramon desequilibra em uma só jogada.

CRB contra ASA na final do alagoano: um retrato do inconformismo com a realidade vista a olhos nus

Não se deve medir um resultado pelas emoções. A disputa do Campeonato Alagoano de 2025 teve em sua partida final de tudo; a alegria do interior ao sair na frente com o ASA fazendo 1 a 0, um jogo mascado com as duas equipes se respeitando muito, sendo destaque as duas defesas e seus meios campos intertravados, e com um segundo tempo de grandes surpresas. Isso seria o óbvio obedecendo a máxima do futebol.

Ao clube praiano cabia partir para cima do alvinegro em busca do empate para uma possível disputa por pênaltis. Isso era o esperado por todos. 

Mas o futebol vive de emoções traiçoeiras como o corrido com tempo exagerado para o VAR decidir sobre um gol já caraterizado como nulo. Ali começou todo o desgaste emocional para a equipe do ASA vivendo a ameaça do quem pode mais. E para completar o árbitro fez um brucutu entre duas decisões quase que simultaneamente. Marcou o gol e depois anulou. 

E por conta de tantos atrasos, vieram os 14 minutos de acréscimos, mais uma porta para o azar entrar no jogo. Se o CRB fizesse um gol inflamaria a sua torcida e seus jogadores e foi no que deu dentro dos acréscimos. O CRB empatou e conseguiu virar o placar para 2 a 1, resultado que lhe daria e deu o tetracampeonato em 2025.

O que não conseguira nos 90 minutos, terminou por alcançar nos acréscimos. E como diria Nelson Rubens, depois da partida jogada só nos resta comentar a sua final. O que não se pode dizer nem escrever é que o ASA foi roubado ou o CRB foi beneficiado por ser um clube mais poderoso. Afinal, os gols foram lícitos. 

E venceu quem lutou mais para vencer a partida. 

Creditos: Raul Rodrigues