Alcolumbre vai pedir cassação de deputado por ataques a Gleisi
14/03/2025, 12:30:25
Contexto da Situação
O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), vai entrar com uma representação no Conselho de Ética da Câmara e com uma ação judicial contra o deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO), que fez ataques contra Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria das Relações Institucionais do governo Lula (PT).
Alias e Repercussão das Declarações
Após Lula chamar a ministra de "mulher bonita" - o que gerou críticas pelo teor machista da declaração – Gayer disse que o presidente estava "oferecendo" Gleisi a Alcolumbre e também ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), "como um cafetão oferece uma GP [garota de programa]".
Além disso, o deputado insinuou que a ministra e seu marido, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), fariam um trisal com o presidente do Senado.
Ações em Andamento
Alcolumbre agora estuda com especialistas jurídicos a melhor forma para fazer as representações, que foram reveladas pelo portal G1 e confirmadas pela Folha de S.Paulo.
A fala de Lula foi criticada, pois foi interpretada como uma desvalorização da ministra, que assumiu um papel relevante nas articulações governamentais no Congresso. Essa mudança faz parte da reforma ministerial promovida pelo presidente, que enfrenta uma crise de popularidade e dificuldade para avançar com suas propostas.
A Reação do PT
Após a fala de Gayer, o Partido dos Trabalhadores também anunciou que entrará com uma representação contra o deputado. O líder da sigla na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), não poupou críticas e chamou Gayer de "esgoto", "canalha" e "assassino".
Histórico de Controvérsias
Esse não é o primeiro caso em que o deputado do PL enfrenta ações em razão de ataques contra outros colegas. Em outubro do ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para tornar Gayer réu por difamação, calúnia e injúria.
Na ocasião, ele insinuou que senadores haviam sido "comprados" para votar no então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e chamou parlamentares de "vagabundos". Na mesma época, ele foi alvo de busca e apreensão em uma operação da Polícia Federal (PF) sobre desvio de cota parlamentar na Câmara dos Deputados.
As medidas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Durante essa operação, a PF apreendeu R$ 72 mil em dinheiro vivo em posse de um assessor do deputado.