Governar uma cidade como queria é diferente de como se pode

Teve um que deixou falir a Santa Casa de Penedo. Esse pode falar de saúde?

Governar uma cidade como queria é diferente de como se pode

Perguntei a meu cunhado, Dr. Marcelo, uma vez vice-prefeito, e duas vezes prefeito de uma cidade interiorana do Rio Grande do Norte, o que era política? E sua resposta foi: “um sonho irrealizável”.

Entendi assim ser pelas dificuldades enfrentadas e que nunca serão resolvidas. E conclui: “governar uma cidade com queria é diferente de como se pode”.

Penedo passou décadas por mãos semelhantes em ações administrativas – modus operandi – do feijão com arroz, sem nunca ter feito com recurso próprios obras edificantes. Sempre foram stand-by – de governadores e governo federal. Penedo era um marasmo.

Um pintava uma rua, o outro a outra, um pintou o meio-fio para o Bom Jesus o outro contratou um parque de diversão, até definir como melhor administração a que melhor realizasse a Festa do Bom Jesus dos Navegantes. E o povo? Deficitário em todas as políticas públicas. 

Saúde se transformou em “ambulânciaterapia”, aumento salarial de 1% dividido em três parcelas, praças abandonadas, escolas caindo o teto, e a energia da sede da prefeitura sendo cortada por falta de pagamento. Um deles fez tudo isso e muito mais. O povo sabe disso.

O outro fez até um pouco mais. Trouxe a FARMEX do governo do estado para doar medicamentos para pacientes crônicos, mas pensou em acabar com a festa do Bom Jesus dos Navegantes deixando apenas a parte religiosa. Isso me foi dito em gabinete e não foi só a mim que foi dito.

Fizeram o que queriam, para si, e não o que podiam para o povo. Eis uma grande diferença para os tempos atuais. 

Ronaldo Lopes não faz o que queria – que é muito mais para o povo como está visto a olhos nus – mas está a fazer o que pode, que é muito mais do que já fizeram juntos os antecessores de muitos mandatos.  

Creditos: Raul Rodrigues