Conselheiro de Trump critica Zelensky em comparação polêmica

Conflito entre Zelensky e Trump

O conselheiro de Segurança Nacional de Donald Trump, Michael Waltz, comparou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a "uma ex-namorada que quer discutir tudo o que disseste há nove anos", na sequência de um intenso confronto entre os chefes de Estado.

Durante uma entrevista à rádio Breitbart, Waltz destacou que "ele está claramente concentrado na crença de que precisa de verificar os factos e de corrigir todas as nuances. É como uma ex-namorada que quer discutir tudo o que disseste há nove anos, em vez de avançar com a relação".

A crise nas negociações de paz

Waltz também afirmou que Zelensky tinha "estragado tudo". Em meio a uma troca acalorada de palavras diante das câmeras, Donald Trump e o vice-presidente dos EUA, JD Vance, acusaram Zelensky de recusar negociações de paz com a Rússia e de não demonstrar gratidão adequada pela ajuda norte-americana.

O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA expressou que existe uma crescente dúvida sobre a disposição de Zelensky em encerrar a guerra, afirmando que ele não negoceia em boa fé. A declaração ocorreu após a saída prematura de Zelensky da Casa Branca, onde não conseguiu assinar um acordo de minerais estratégicos que o levaria a Washington.

Repercussão e apoio internacional a Zelensky

Horas após o incidente, Marco Rubio, chefe da diplomacia dos EUA, pediu que Zelensky se desculpasse, pedido que foi prontamente negado pelo líder ucraniano, que assegurou que "não fez nada de errado".

Após a controvérsia, diversos líderes da União Europeia, Canadá e outros países expressaram apoio a Zelensky, insistindo na busca por uma paz "justa e duradoura" com a Rússia. Apesar da tensão nas negociações, Zelensky indicou sua disposição para assinar o acordo que concede aos EUA acesso aos minerais estratégicos da Ucrânia, afirmando que o apoio dos Estados Unidos é crucial para a nação ucraniana.

Reunião internacional sobre defesa

Enquanto isso, 18 líderes mundiais reuniram-se em Londres, no Reino Unido, em uma cúpula internacional sobre defesa, com a intenção de apresentar novas garantias de segurança para a Europa após o encontro entre Trump e Zelensky. O evento contou com a participação de figuras importantes, incluindo o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, e líderes de vários países europeus.

Encaminhando as negociações

A reunião precede uma cúpula extraordinária sobre a Ucrânia, que está programada para ocorrer em Bruxelas na próxima quinta-feira. A dinâmica entre os líderes e a possibilidade de um avanço nas negociações de paz continuam sendo um tema central nas discussões internacionais.

Em um cenário tenso e cheio de nuances, é evidente que as relações entre os EUA e a Ucrânia, assim como a situação com a Rússia, ainda requerem muitas considerações e esforços diplomáticos. A situação está longe de uma resolução, e os próximos passos serão observados de perto pela comunidade internacional.