Fotógrafa Danielle Oliveira tinha paixão pela corrida

Fotógrafa Danielle Oliveira tinha paixão pela corrida

O trágico acidente de Danielle Oliveira


A fotógrafa Danielle Oliveira, 41 anos, tragicamente morreu atropelada em um treino de corrida em Campo Grande (MS) no sábado (15). Sua paixão pela corrida começou como uma forma de lidar com a dor da perda de sua filha.

A dor da perda e o início na corrida


Danielle começou a correr em 2018, dois anos após a morte de sua filha Geovanna, que tinha apenas 5 anos quando foi diagnosticada com câncer renal. Lesly Lidiane Ledesma, amiga de Danielle, contou que a prática de correr se tornou uma terapia para ela: "Ela dizia que a primeira vez em que correu a sensação foi de êxtase, de se sentir acolhida. Era terapêutico para ela".
Geovanna foi diagnosticada em 2015 e faleceu nove meses depois. Danielle compartilhou em redes sociais sobre como a corrida chegou à sua vida: "Corri chorando e pensando na Geovanna. Foi a partir daí que me inscrevi em quase todas as provas de corrida de 2018".

A tragédia no treino


O acidente em que Danielle perdeu a vida ocorreu quando o carro conduzido por João Vitor Vilela, que estava embriagado, a atingiu durante o treino. Outro corredor, uma mulher de 43 anos, também foi ferida. Danielle era mãe de duas filhas: uma de 5 anos e outra de 18.
Neste momento, Danielle se preparava para a sua primeira maratona em Porto Alegre, programada para junho deste ano. Lesly revelou que sua amiga treinava três vezes na semana e que a corrida era um sonho: "Ela acordava 3 horas da manhã, treinava, trabalhava, cuidava da filha".

A dor da família e amigos


Após o falecimento de Danielle, a caçula dela, de 5 anos, ficou devastada. Assim que recebeu a notícia trágica, ela disse: "Quero ver minha mãe, posso ir ao hospital ver minha mãe?". A equipe a apoiou, levando papel para que a menina pudesse expressar seus sentimentos em uma carta.

Justiça e protestos


O motorista envolvido no acidente estava fazendo "zigue-zague" na pista, e latas de cerveja foram encontradas no carro. Apesar da recusa em fazer o teste de bafômetro, ele foi preso em flagrante. Na audiência de custódia, sua prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva, enquanto amigos de Danielle protestaram pedindo justiça e leis mais severas para motoristas embriagados.

Resiliência na dor


A paixão de Danielle pela corrida e a necessidade de lidar com a dor deixada pela perda de sua filha tornam esta história profundamente comovente. A memória de sua luta e dedicação deve ser lembrada e honrada.