O que todos criticam é o que todos fariam em caso de sucessão

Artigo não possui visão pessimista nem realista. Apenas e tão somente factual.

O que todos criticam é o que todos fariam em caso de sucessão

Em meio século de participações em campanhas políticas de Penedo, e assistindo às de Alagoas e do Brasil, nunca, em tempo algum, vi o titular fazer a sua sucessão com adversários, a não ser quando eleito pelo povo.

Nos governos militares, todos os ex-presidentes da república perguntavam aos seus sucessores se aceitariam o cargo, e como deveria ser a continuidade do “novo” governo. Quem não assistiu e viu isso, deveria ser fidedigno aos fatos ao escrever ou falar.

Nos governos dos estados a ordem era a mesma. Saio eu, e entra tu, e depois volto eu e sai tu. 

Nas prefeituras, até que as sucessões eram como se combinadas; eu apoio um fraco, e o adversário vence. Depois, ele apoia outro fraco, e o anterior voltava. 

Hoje, em total e completo desenvolvimento da política sucessória, é estranho vermos artigos e mais artigos criticando a quem faz ou deseja fazer o seu sucessor. 

Parece até uma síndrome do corno de quem escreve ou fala. 

Creditos: Raul Rodrigues