Trump comenta sobre futuro da Ucrânia e Rússia

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, sugeriu recentemente que a Ucrânia poderia, um dia, se tornar parte da Rússia. Durante uma entrevista à Fox News, ele destacou que, antes de continuar fornecendo ajuda militar ao país, os EUA devem ter acesso às reservas de terras raras da Ucrânia, que são essenciais para a indústria tecnológica e militar.

"Quero que o nosso dinheiro esteja seguro porque estamos gastando centenas de milhares de milhões de dólares", afirmou Trump, enfatizando que todo o apoio deve proporcionar vantagens estratégicas para os Estados Unidos.

O republicano também mencionou a incerteza sobre um possível acordo entre a Rússia e a Ucrânia, ressaltando que, "podem chegar a um acordo, podem não chegar a um acordo. Podem ser russos um dia, podem não ser russos um dia".

Trump reafirmou sua condição de que os EUA precisariam de um acesso garantido às reservas ucranianas antes de prosseguir com o auxílio, mencionando um pedido anterior de US$ 500 bilhões (aproximadamente R$ 2,5 trilhões) em terras raras como contraprestação. Ele disse: "Pelo menos assim não nos sentimos estúpidos".

Dentre suas promessas eleitorais, Trump havia mencionado anteriormente a intenção de resolver o conflito em 24 horas, mas agora alterou essa expectativa para seis meses após assumir o cargo novamente, em 20 de janeiro de 2025. Apesar das esperanças de diálogo, a distância entre Rússia e Ucrânia em um acordo permanece considerável.

Desde 2022, as negociações entre os dois países permaneceram paralisadas, com a Rússia exigindo o reconhecimento da anexação de diversos territórios ucranianos ocupados. A invasão russa começou em 24 de fevereiro de 2022 e, segundo o Kremlin, é uma tentativa de proteger minorias separatistas apoiadas por Moscou e "desnazificar" a Ucrânia.

Neste contexto, a Ucrânia tem buscado estreitar laços com o Ocidente, aproximando-se da União Europeia e da OTAN. Recentemente, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky apresentou um "plano de vitória" aos aliados, incluindo Trump.

Entretanto, a postura de Trump levanta questões sobre a continuidade do suporte dos EUA à Ucrânia e os desdobramentos das negociações de paz. Vale lembrar que as informações acerca do conflito têm sido divulgadas sem verificações independentes, e o futuro da guerra segue incerto.