Lira encerra ciclo e passa a presidência a Hugo Motta

Lira encerra ciclo e passa a presidência a Hugo Motta

Após uma breve fala neste sábado (1º), antes das eleições para a nova Mesa Diretora da Casa, ele apertou a mão do seu provável sucessor, Hugo Motta (Republicanos-PB).

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) afirmou que sua saída do cargo encerra um ciclo de trabalhos, num discurso de despedida aos parlamentares, encerrando os quatro anos em que esteve à frente da Casa. Ele destacou: "A Câmara hoje encerra um ciclo de uma administração que eu quera agradecer imensamente, na figura do meu vice-presidente, Marcos Pereira", se dirigindo ao presidente do Republicanos que foi fiador da escolha de Hugo Motta. Lira também agradeceu aos líderes e ressaltou que deixa um legado. "Muita convergência, muito diálogo, muito trabalho, muita articulação, muitas entregas. Esse sempre foi o legado que a gente construiu e tentou deixar para a Câmara dos Deputados", avaliou sobre sua passagem pelo cargo. Ele também expressou seu orgulho: "Sempre fui muito grato e muito orgulhoso de ter sido até hoje o deputado mais votado [para a presidência] da Câmara dos Deputados. Agora, ficarei muito mais orgulhoso, e trabalhei muito mais para isso, se Hugo Motta tiver um voto a mais que eu". Hugo Motta tem apoio formal de 17 dos 20 partidos e foi o nome escolhido pelo próprio Lira. Atualmente, também são candidatos Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Marcel Van Hattem (Novo-RS). Além da presidência, os deputados também votarão neste sábado nos demais integrantes da Mesa Diretora: duas vice-presidências, quatro secretarias e quatro suplências. Na sexta (31), Lira recebeu deputados do PT ao PL num jantar de despedida na residência oficial da presidência da Câmara, onde não discursou. Presença constante, o alagoano teve ao seu lado presidentes de partidos, líderes e um ministro do governo federal: André Fufuca (Esporte), deputado federal licenciado do PP. O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha também esteve entre os convidados, assim como Hugo Motta, que posou para fotos e cumprimentou todos os presentes. Em dezembro, na última sessão da Casa antes do recesso parlamentar, Lira falou em "voltar ao chão de fábrica". Naquela ocasião, não deu sinalizações do que poderá fazer a partir de fevereiro e disse que segue a vida "sem planejar nem criar expectativas". Nos bastidores, no entanto, ele é cotado para assumir um ministério do governo Lula (PT), com a cúpula da Câmara já esboçando uma reforma ministerial para acomodar Lira no primeiro escalão do petista. A ideia seria que ele ocupasse a pasta da Agricultura, atualmente chefiada pelo senador licenciado Carlos Fávaro (PSD).