Série "Algoritmos do Rock" investiga trajetória do gênero a partir de 1950

Série "Algoritmos do Rock" investiga trajetória do gênero a partir de 1950
No próximo dia 25 de janeiro, como parte das comemorações pelo aniversário de 471 anos da cidade de São Paulo, Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do estado lançará a série documental Algoritmos do Rock.
Viabilizada a partir de uma parceria entre as organizações sociais Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA) e Catavento, responsável pelo programa Fábricas de Cultura, a série apresenta um retrato do rock com recorte paulista, desde os anos 1950.
Algoritmos do Rock ficará disponível nos canais de YouTube da plataforma CultSP Play (@cultspplay) e das Fábricas de Cultura (@tvfabricas).
Com episódios quinzenais de aproximadamente 30 minutos, o documentário conta sobre o gênero musical a partir do relato de artistas de grande expressão nacional. 
No primeiro episódio, o entrevistado é Tony Campello, que fala sobre sua carreira, iniciada no final dos anos 50. O músico traz ainda um panorama do cenário musical da época, além de indicar 10 músicas do rock brasileiro gravadas naquela década.
Os entrevistados dos episódios seguintes são, também, ícones da música brasileira: Líllian Knapp, da dupla Leno & Líllian, conta sobre a Jovem Guarda e o rock dos anos 60. 
Um dos maiores guitarristas brasileiros, reconhecido pelo solo de "Ovelha Negra", da banda Tutti Frutti, Luiz Carlini, dá seu testemunho sobre a década de 1970, marcada pelo experimentalismo.
Já o cantor Clemente, vocalista da banda Inocentes, traz, com grande propriedade, um relato sobre o movimento punk, tal como se consolidou no Brasil nos anos 80.
Como parte central de todos os episódios, justificando o propósito do projeto, cada um destes artistas traz uma lista de dez indicações de músicas essenciais do rock brasileiro de cada década. 
"A riqueza cultural de São Paulo também é muito bem representada no rock, desde a chegada do gênero musical ao Brasil. Diversos nomes de grande projeção, nos mais variados estilos dentro do gênero, surgiram no estado, onde o rock continua muito vivo e vibrante. Não apenas o estilo, como os artistas por trás dele, merecem registros como esse, para que essa história e essa manifestação cultural possam chegar a mais pessoas", declara Gláucio Franca, diretor geral da Associação Paulista dos Amigos da Arte.
Se antes os vendedores das lojas de vinil, os locutores de rádio e os VJs da MTV eram os grandes responsáveis pela curadoria e disseminação da cultura do rock, hoje essa função vem sendo exercida, em grande parte, pelos aplicativos de streaming musical. São seus algoritmos, sem nome nem sobrenome, que nos sugerem músicas, a partir de palavras digitadas nos mecanismos de busca. 
A educação musical e a preservação da cultura tratam de memórias que passam de geração em geração. Desta forma, Algoritmos do Rock recorre a personalidades influentes do rock brasileiro em cada década para contar sobre movimentos importantes oriundos do gênero, desde os anos 50, e recomendar aos jovens uma playlist contando um pouco da história de cada música e de cada banda.
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