Perolas Penedenses: O Futebol do Sport Club Penedense - reedição

Uma justa homenagem ainda a ser pelos senhores diretores do Sport Club Penedense, é ao ex-presidente, Seu Antônio Diniz, que por tempos manteve a tradição viva à custa dos esforços e manutenção do time e clube.

Perolas Penedenses: O Futebol do Sport Club Penedense - reedição

O Sport Club Penedense, um dos clubes de futebol mais antigos do Brasil, com data de fundação de 1903, tendo inaugurado seu estádio em

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 1909, recebendo o nome de Estádio Dr. Alfredo Leahy, homenagem prestada ao médico penedense de tradicional família da cidade, fez e faz história no esporte criado por Charles Miller, até os dias atuais.

Por se tratar de um esporte de entretenimento/lazer de um povo, principalmente dos desportistas, virou uma tradição que segue de geração em geração.

Carrega em sua história uma coleção de títulos de campeão do Torneio Início dos campeonatos alagoanos de 1964; 67; 69; 71 e 78. Foi também campeão da segunda divisão por duas vezes devido ao rebaixamento, retornando ao acesso da elite do futebol alagoano nos anos de 2000 e 2004 e, vice-campeão na mesma condição em 2011.

Foi o primeiro time a sagrar-se Campeão no Estádio rei Pelé “O Trapichão” em 1971, Campeão do Torneio Início, com o time titular escalado com: Benildes, Lula, Bodão, Zé Carlos e Yeyé; Gilberto e Bené; Simões, Nem, Xavier (o Flecha Negra) e Zé Maria.

Foi Campeão Amador nos anos de 1958 e 1960.

Em 1966 foi Vice-Campeão alagoano em partida ainda hoje questionada pelas artimanhas dos cartolas do futebol, vindo a ser o confronto final adiado por noventa dias, inviabilizando a manutenção do plantel da época por tamanho período co o time sem atividade.

Mesmo assim os heróicos atletas que jogaram as duas partidas finais – de uma melhor de três – fizeram por merecer o destaque de craques

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 do campeonato.

Dentre os seus maiores jogadores destacam-se: Paulo Minas, Bené, Ligação, Joelzinho, Denancy, Xavier, Bodão, Tina, Roberto e Vicente.

Na década de 70, o então apaixonado por futebol, Seu Zeca Vieira, montou um time de jovens atletas – juvenil – que fez ecoar o nome da histórica do Penedo como centro formador de grandes craques.

Desta época ficam as saudades de um time que desconheceu a derrota. Nunca perdeu para nenhum dos seus adversários: O Juevnil do Sport Club Penedense!

Formado por atletas unicamente da nossa cidade, filhos das famílias penedenses com destaque de nomes tradicionais ou não, mostrava aquela equipe que futebol é um esporte totalmente coletivo, sem distinção de cor, de classe social ou econômica. Fomos os melhores entre os estados de Alagoas e Sergipe.

O juvenil do penedense, formado por Badica, Vavá, Chico Pinheiro, Milton Pereira – Cabeção –, José Francisco, Dinho, Marcos, Lau, Guilherme,

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 Carlinhos – Boi de Barro, artilheiro matador, –, Luiz Arthur – craque de toques rápidos, refinados e garçom com perfeição para o artilheiro Carlinhos, Luiz José, Paulo Vela, Narcizo, Zé Carlinhos, Chico Macaco, Jorge Bicheira e Jorge Vieira – Maniceira –, ainda guardados na memória do ex-lateral direito, Vavá, que ainda salienta a coordenação do Velho Zeca Vieira e comando técnico de Paraná, jogou e venceu as equipes do CRB, CSA, ambos da capital do estado pelo placar repetido de 1 X 0 e ao selecionado sergipano também por 1 X 0 em jogos realizados em Penedo e na capital sergipana, Aracaju. Também venceu ao América de Propriá profissional por 2 X 1, em memorável partida de futebol, lá na cidade sergipana.

Desse plantel subiram para o plantel de profissionais alguns atletas que vieram a formar ao famoso escrete ribeirinho que passou 34 partidas invictas, recorde ainda hoje jamais alcançado. 

Eram jogadores: Os goleiros, Irecê, Elias, Valter, Pavão, Nizinho, Roberto Pastinha e Galego; os atletas: Vavá, Coco, Bodão, Gildo, Yeyé, Gilberto, Gilson, Paraná, Joelzinho, Zé Maria, Zé da Luzia, Luizinho, Zéunilson, Pelézinho, Casca, Denancy, Toinho Babão, Dequinha, Xavier, Jorginho, Dado, Furiba, Maninho, Vevé, Paulinho, Wamberto, Aurino, Badé, Bilau, Gilson, Valmir, Gilmar, Freitas, Idalmir, Ramos, Moadir, Geo, Camu, Palmito, Paulo Dória, Ademar, Jurandir, e Zé Carlos, que foram treinados pelos professores: Ariston Dias, responsável, pelas 34 partidas invictas; Ailton Rocha, Marcos Lôbo, Parcely, Geraldo, Osmar dentre outros. 

Um destaque merecido foi a passagem do goleiro Paulo Vela que também fez parte desse elenco do Penedense era Ariston Dias, sendo reserva, mas que  jogou algumas partidas e depois teve uma rápida passagem pelo ASA de onde retornou para o SANTA CRUZ aonde chegou a ser em 1975 o goleiro que mais pegou pênalti no torneio inicio vencendo o Penedense e depois eliminado pelo CRB e ficando em terceiro lugar, quando foi   um dos melhores goleiro do campeonato  encerrando a carreira de profissional no Penedense.

A nossa fonte de informações e acervo fotográfico, o lateral direito Vavá, ainda foi atleta de vários outros times entre os estados de Alagoas e Sergipe, tais como: Vasco de Aracaju, Cotinguiba, CSE e o inesquecível Penedense, onde tudo começou.

Como desfecho da matéria Vavá nos destaca a época em que Penedo não vivia de drogas, de assaltos, de violência escancarada no meio das ruas, destacando a geração saudável que era incentivada pelas práticas desportivas tanto no âmbito profissional quanto nos colégios de nossa cidade visando os jogos da primavera.

A dedicação de um Zeca Vieira que chegava a ir buscar em seu fusquinha, o menino Vavá no entroncamento onde o mesmo trabalhava de ajudante de pedreiro ou em Camaçari, na usina onde o lateral direito trabalhava e, era liberado pelo responsável da usina, Dr. Ronaldo, para vir treinar nas tardes de quartas e sextas-feiras.

Creditos: Raul Rodrigues