A vida não oferece a variável do retorno. Portanto, viva-a como ela é. Meus 66 anos

Ao completar os meus sessenta e seis anos, em plena atividade intelectual sem paradas para justificar descansos, apenas sabendo aproveitar pequenos intervalos que não os considero de férias, o site correiodopovopenedo não me dá essa regalia de parar, pois os nossos seguidores não podem deixar de serem abastecidos de informações.

Da minha escolha profissional cumpri a rigor mais tempo em sala de aula que o determinado por Lei. Durei 34 anos dentro das salas de aula por onde lecionei sem deixar marcas de incompetente ou de preguiçoso. E percorri todas as escolas de ensino médio de Penedo, a Faculdade de Formação de Professores de Penedo, os colégios Sacramento e Marista de Maceió com destaque reconhecido pelos ex-alunos. Ensinar ou facilitar entender a Física me alimentava.

Da vida pessoal não posso reclamar de muita coisa. Todas dificuldades que criei ou me endereçaram com ajuda de Deus venci a todas. E aos sessenta e seis anos ainda me sinto inteiro em corpo e alma. Não sou um menino que viu o tempo correndo, mas corri junto ao tempo sem perder as oportunidades buscando sempre viver momentos felizes. Já que feliz de todo ninguém chega a ser. Não somos perfeitos.

Dos amigos que conheço e mantenho que não são em grande quantidade, prefiro qualidade, tenho a reciprocidade por merecimento das boas ações, e se passei por falsos proximais também não me arrependo. Aprender com os ruins faz parte, não me permitindo imitá-los em suas imperfeições. As minhas já me bastam.

Nunca usei de subterfúgio para esconder minha personalidade forte e de opiniões imutáveis quando a fundamentação me serve de alicerce, nunca fui de bajular a ninguém. Méritos devem ser reconhecidos até dos que não me admiram, porém, sem esquecer de quem são nas suas imperfeições. 

No amor provei de todos. Dos que me dediquei a errôneas e falsas moralistas, na verdade a almas e corpos em estado de putrefação, às que merecem o respeito por um passado de luta internas. Vivi várias paixões, gozei das alegrias momentâneas, e por isso mesmo digo que valeu.

Amor verdadeiro às minhas filhas, Mayara, Mayra e Rafaela, dos meus netos, Raulzinho, Manuel, João Guilherme e agora do Bernardo, ao meu modo, o da minha mãe e o do meu pai sem nenhuma restrição, e à minha esposa Silvana com quem convivo na mais das reais relações. Entre altos e baixos como a vida própria vida é baseada nos exemplos da natureza, ora por entre ventos calmos ou cercada tufões ou furacões que terminam por voltar à normalidade qual mar revolto e belo que depois descansa sob as suas mais belas cores de ondas calmas. 

Se tenho que agradecer a alguém? A Deus, por me permitir viver tudo isso ciente de que tento me melhorar a cada dia para fazer o bem. Há quem trabalho agradeço pela oportunidade de prestar os meus préstimos por competências e habilidades.