A política tem muitas faces, e uma delas é não enterrar cadáveres

Esta crônica endereço aos que mais alcançam a linguagem de um mundo imperfeito por natureza, mas que sobrevive pela aceitação das aberrações seguidas das imoralidades de quem aceita caminhar por pântanos.

As maiores fontes do saber são ligadas às descobertas do que fazem os seres humanos que pensam ser imunes ao tempo e ao vento.  Tempo se encarrega de revolver a areia e o barro que esconde o que dentro do túmulo está contido. E a areia, a forma perfeita dos grãos se espalha acompanhando o sopro da vida permitindo que o escondido apareça.

O mensalão, petrolão e a Lava Jato fizeram parte de uma complexa e infinita investigação até hoje não compreendida pelo povo brasileiro, mesmo que lulistas ou bolsonaristas, quando cada um “advogado” do diabo a defender o seu líder, mas jamais, em tempo algum, conseguem falar sobre ou derrubar as robustas e cabais provas de um crime dito e escrito por grandes jornalistas do mundo inteiro como o maior escândalo de corrupção mundial.

Se liberaram os autores – todos cúmplices e partícipes do mesmo crime – permitindo que os direitos políticos subtraídos por determinação judicial retornem aos legítimos criminosos, o que fazer se até jantar festivo foi oferecido aos autores do maior prejuízo já dado a um país? Esses, todos os brasileiros conhecem. 

Mas existem outros tão criminosos quanto, que sequer beiraram a calçada da delegacia ou das penitenciárias, e estão aí a pousar de figuras do alto mérito com o moral toda enterrada no esgoto cujo saneamento básico e a ETA jamais conseguirão sanear. Os fatos estão por entre as memórias de brasileiros, alagoanos e penedenses de onde não se pode tirar. Silenciar até que sim. Porém, deixar de existir jamais.

A política é assim. Ora joga ao escanteio e ora depois dá banho de Sal Grosso com Bicarbonato de Sódio, reforçado por Hipoclorito também de Sódio, perfazendo quase uma Água Sanitária sem limites para retirar a sujeira, muito embora o mal cheiro permaneça para o sempre.

E lembrem-se todos os capazes de interpretar o artigo: não adianta roupa de pompa, luvas brancas para esconder as digitais dos crimes do passado, ou declarados títulos adquiridos pelos meios mais impuros possíveis, porque a Deus pecador pedir perdão é ato falho. E sendo Deus justo, e por esse mérito há fazer justiça aos criminosos.