Natal é dia de se comemorar o amor. Mas amor e ódio são antagônicos, um não vive sem o outro.

Ao longo dos meus 65 anos, no dia 04 de janeiro completo 66, já vi e até assumi a data do Natal como dia mundial do amor que deve ser derramado ao menino Jesus por sua chegada que nem nesta precisa data o é. Mas isso é outra coisa.

E indo direto ao ponto, entre os dias 24 e 25 de dezembro os corações se enchem de amor – que nunca perdura pelo restante do ano – quando deveria ser assim, assistimos de fato a muita hipocrisia entre parentes que não se suportam, mas que “socialmente” se confraternizam para depois falarem uns dos outros. E as confraternizações são o epicentro desse comportamento.

Todavia indo ainda mais profundamente ao assunto, Natal é tempo de as pessoas mais próximas – pais e filhos, mães e filhas – revelarem as suas verdadeiras identidades do amor. Nos tempos atuais desencontros entre casais marcam as almas dos filhos e filhas, e apenas arranham aos adultos separados. 

E é neste momento de reencontro das verdades doídas ou não, que a demonstração de amor verdadeiro aparece entre criadores e criaturas. Filhos que se mantêm distantes dos pais e mães por terem sido conquistados pelos traficantes das drogas, e das drogas sob todos os seus aspectos as drogas emocionais estão incluídas nesse mundo confuso das decisões sectárias. 

Os mais velhos têm o dom de enxergar mais longe. Pai e mãe jamais irão desejar o mau aos filhos ou filhas, porém quando contrariados ou contrariadas assumem as suas identidades doentias separando o verdadeiro amor entre genitores e filhos ou filhas, em troca de interesses outros tão claros quanto quem corrompe os verdadeiros laços familiares. 

Por isso, o Natal, data de amor não pode ser avistado apenas como o Dia do Amor, pois o antagônico dele – o ódio – também deve ser bem analisado como manda o pensamento maior do nascimento do Cristo Salvador como renascença para uma vida sem ressentimentos por mais carregados na alma das pequenas sequelas entre quem somente pensa em proteger. 

Maior pecado não deixar de amar. Mas sim trocar de amor.