‘Estamos brigando contra culturas do tênis de mesa’, diz Calderano após alcançar semi inédita em Paris

‘Estamos brigando contra culturas do tênis de mesa’, diz Calderano após alcançar semi inédita em Paris
Hugo Calderano derrotou o sul-coreano Woojin Jang e colocou o Brasil em uma inédita semifinal do tênis de mesa nos Jogos Olímpicos. Para mais uma vez estabelecer a melhor campanha do País na modalidade, o atleta de 28 anos precisou enfrentar rivais com forte tradição no esporte.
“O primeiro sentimento foi de muita felicidade de chegar numa semifinal olímpica. É algo muito difícil, porque eu e alguns outros atletas estamos brigando contra culturas chinesas, culturas asiáticas em geral, de alguns países da Europa, do tênis de mesa, tradições”, disse em conversa com jornalistas.
Apesar de o Brasil não ter tanta tradição na modalidade, Calderano usa essa diferença como combustível para superar os limites: “Então, é um grande desafio, mas, ao mesmo tempo, eu gosto bastante de tentar me superar, quebrar algumas barreiras, empurrar os limites”.
Agora, o atleta não quer parar por aí: “Fiquei muito feliz de alcançar essa semifinal e com certeza eu quero mais”.
Com as quartas de final em Tóquio-2020, Calderano já era dono da melhor edição brasileira em Olimpíadas. Na ocasião, o mesatenista carioca abriu 2 a 0 contra o alemão Dimitrij Ovtcharov, mas sofreu a virada e acabou eliminado. 
Hoje, a vantagem chegou a ser a mesma do revés no Japão. Mesmo ainda guardando na memória o resultado, o brasileiro garantiu que a virada não é um empecilho em seus jogos.
“É claro que eu estava muito bem preparado mentalmente, não esqueci o que aconteceu em Tóquio, mas ao mesmo tempo isso não me afeta nem um pouco. Eu só continuei jogando tênis de mesa, continuei focado em como vencer cada ponto, como fazer para ganhar cada set”, completou Calderano.