Oposição em Penedo: encontro das águas do Solimões com Rio Negro

O encontro das águas entre o rio Negro e o Solimões, que acontece em parte da bacia amazônica, é um fenômeno da natureza que traduz, segundo a química das partes, um encontro do que não se mistura – substâncias imiscíveis. Se nem na natureza essas substâncias conseguem se misturar, quem, na vida dos humanos, vai conseguir?

É claro que a obediência às leis divinas depende do livre-arbítrio de cada um, pois entre a lucidez e a loucura tudo é possível. Até se tentar unir polos que se repelem, como no magnetismo, que também não permite a aproximação, nem pelas tábuas dos logaritmos.

Todavia, como a oposição em Penedo é mais que um ato sobrenatural, quebrando espelhos e vidros, por que não tentar o impossível? Pena que o vazio que hoje cerca ambas as partes – cabeça de chapa e vice – as faz fugir do São João, como nessas festas, e só conseguem se unir entre as paredes de uma emissora de rádio. E diga-se de passagem: numa única rádio das três que existem em Penedo.

Até nisso perdem de 2 X 1.

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