Polícia investiga pastor de igreja de MG após falas em culto sobre beijar filha na boca

Polícia investiga pastor de igreja de MG após falas em culto sobre beijar filha na boca

A Polícia Civil de Minas Gerais informou, na manhã desta sexta-feira (3), que a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente em Belo Horizonte apura as falas do pastor Lúcio Barreto Júnior, de 52 anos, conhecido popularmente como Lucinho Barreto.

  • Receba as notícias do TNH1 em seu WhatsApp

Um vídeo que mostra o pastor falando que já beijou a própria filha na boca viralizou nas redes sociais na noite desta quinta-feira (2). "Eu peguei minha filha um dia, dei beijo nela, falei que amava ela. Ela passava e eu dizia: Nossa, que mulherão. Ai se eu te pego. Um dia ela distraiu e eu dei um beijo na boca dela. E eu falei assim: Quando eu encontrar seu namorado eu vou falar: Você é o segundo, eu já beijei", disse o pastor durante o culto.

Durante um culto na noite do dia 15 de abril deste ano, voltada para homens com o tema "paternidade", Lucinho afirmou que a filha é um "mulherão". No evento, Lucinho estava acompanhado do filho Davi Barreto, que também é pastor.

O pastor é um dos líderes religiosos da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte.

O pastor gravou um vídeo dentro do banheiro de um avião e publicou nas redes sociais na manhã desta sexta-feira (3), após a grande repercussão.

Ele afirmou que deu um beijo "inocente e puro", com intuito de levantar a autoestima da filha.

"Não foi nada além disso, odeio tudo que tem a ver com pedofilia e abuso infantil", disse o pastor nas redes.

Em seu site pessoal, o pastor se apresenta como bacharel em Teologia Ministerial pelo Seminário Teológico Evangélico do Brasil (STEB), e mestre em Teologia pela Faculdade Teológica Sul Americana (FTSA), de Londrina/PR.

Pelas redes sociais, a filha do pastor, Emily Barreto, afirma que o vídeo foi tirado de contexto, mas não explica em qual circunstância a fala seria aceitável.

"Meu pai nunca fez nada comigo, absolutamente nada, ele sempre me deu um bom exemplo de figura paterna. Nunca aconteceu nada. Tiraram a fala de contexto", afirmou.

O g1 procurou o Ministério Público de Minas Gerais para saber se as falas do pastor serão investigadas. A reportagem também questionou a Igreja Batista da Lagoinha, e aguarda retorno.