A Crônica do Boné é atemporal

Discutir as ideias políticas sim; já descer o nível é desespero.

A Crônica do Boné é atemporal

O boné, que vem do bom francês, bonnet, oriunda ainda do Latim medieval, obunnis, sempre foi feito para todos, pois todos possuem cabeças mesmo por vezes desocupadas. Ocas.

A inteligência é outra característica, mas nem sempre presente aos olhos dos cabeçudos, e, muito pior quando feridos pelos seus próprios impropérios. Permitam-me, mas norma culta embeleza, e não é para todos.

As maiores obras políticas do Brasil, estão dentre elas os discursos de Carlos Lacerda, o Corvo, em seu livro, Carreirista da Traição, que sempre fez da crítica a sua mais honrosa causa.

Foi o maior opositor do presidente Getúlio Vargas, sem nunca ter lhe dirigido uma ofensa pessoal sequer. Eis a diferença entre usar boné e ter inteligência.

Uma ideia se combate com outra ideia, nunca com agressões ladeadas pelas mentiras disseminadas pela falta de coerência do raciocínio lógico, e por falta total de provas do que se diz por dizer.

Pobre mancebo da “imprensa” operosa pela insuficiência perceptível da inteligência e dos fatos.

E como reza a lenda, “enquanto a caravana passa, os cães ladram”.   

Creditos: Raul Rodrigues