Patrícia Lelis é procurada pelo FBI por aplicar golpes de R$ 3,4 milhões nos EUA
16/01/2024, 06:17:47
A Justiça americana divulgou, nesta segunda-feira, 15, estar à procura da brasileira Patrícia Lelis, acusada de se passar falsamente por advogada de imigração e aplicar golpes no montante de US$ 700 mil - o equivalente a mais de R$ 3,4 milhões. A divulgação da investigação foi procedida por um pedido para que quem saiba o paradeiro da brasileira que entre em contato com o FBI.
Segundo a acusação, Patrícia, que era moradora de Arlington, no Texas, se passava por uma advogada de imigração capaz de ajudar clientes estrangeiros a obter vistos E-2 e EB-5 para os Estados Unidos. O programa EB-5 costuma ser chamado de programa de visto para investidores, porque proporciona residência permanente legal e possível cidadania, se um cidadão estrangeiro investir fundos substanciais – normalmente, um mínimo de 1 milhão de dólares – em grandes empresas que gerem emprego nos EUA.
De acordo com a acusação, em 22 de setembro de 2021, Patrícia Lelis enviou um contrato a uma vítima que buscava ajuda na obtenção de vistos EB-5 para seus pais. A vítima fez dois pagamentos iniciais, totalizando mais de US$ 135.000, com base na declaração de Lelis de que o dinheiro estava indo para um projeto de desenvolvimento imobiliário no Texas que se qualificava para o programa de vistos para investidores.
Porém, em vez disso, o dinheiro da vítima teria ido para a conta bancária pessoal de Lelis. Ainda segundo a acusação, em vez de investir o dinheiro conforme prometido, Patrícia Lelis supostamente o usou para pagar a entrada de sua casa em Arlington, reformas de banheiros e outras despesas pessoais, como dívidas de cartão de crédito.
A denúncia diz ainda que a brasileira forneceu à vítima um número de processo falso que a mostrava como advogada do litígio. Mas, segundo a Justiça americana, Patrícia Lelis não é uma advogada licenciada.
Ela também é acusada de ter falsificado formulários de imigração dos EUA, forjado múltiplas assinaturas e criado recibos falsos do projeto de investimento do Texas, todos os quais ela enviou por e-mail para uma vítima. Lelis também supostamente criou falsas personas associadas ao fundo de investimento do Texas e enviou e-mails desses indivíduos para tentar obter ainda mais dinheiro.
A acusação alega que ela convenceu amigos a se passarem por funcionários do fundo de investimento do Texas em ligações e videochamadas com uma vítima. Quando uma delas finalmente se recusou a enviar-lhe mais dinheiro, Patrícia teria ameaçado os pais da vítima com a remoção dos Estados Unidos e depois os encaminhou para uma agência de cobrança.
A brasileira é acusada de fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade agravado.
O tribunal frisa, no entanto, que as sentenças reais para crimes federais são normalmente inferiores às penas máximas.
Apesar de procurada, Patrícia Lelis se manifestou em seu perfil no X (antigo Twitter). Ela escreveu: "Olá twitter e várias pessoas que não conheço mas acreditam que eu devo explicaçoes de algo. Sim, o FBI no USA está me 'procurando'. Mas já sabem exatamente onde estou como exilada política. Foram meses de perseguições e falsas acusações. Meu suposto crime: Não aceitei que me fizessem de bode espiatorio (sic) contra aqueles que considero como meus irmãos por cultural e principalmente por lado político e sim, 'roubei' todas as provas que pude para mostrar o meu lado da história e garantir minha segurança. E esses documentos já foram entregues ao governo que me garantiu asilo político."
"E agora publicamente e de forma Segura posso dizer: FUCK USA. E até que fim estou fora desse país de merda. Se quiser podem me matar, mas eu JAMAIS iria contra o meu proprio povo, ainda mais para dar informações ao USA", continua. A brasileira finaliza dizendo que vai curtir uma praia "bem tranquila".
Patrícia ganhou espaço na mídia em 2016, quando acusou o pastor Marco Feliciano de estupro. Ela, que se apresentava como jornalista, também se envolveu em polêmica quando disse que estava sendo ameaçada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Segundo a acusação, Patrícia, que era moradora de Arlington, no Texas, se passava por uma advogada de imigração capaz de ajudar clientes estrangeiros a obter vistos E-2 e EB-5 para os Estados Unidos. O programa EB-5 costuma ser chamado de programa de visto para investidores, porque proporciona residência permanente legal e possível cidadania, se um cidadão estrangeiro investir fundos substanciais – normalmente, um mínimo de 1 milhão de dólares – em grandes empresas que gerem emprego nos EUA.
De acordo com a acusação, em 22 de setembro de 2021, Patrícia Lelis enviou um contrato a uma vítima que buscava ajuda na obtenção de vistos EB-5 para seus pais. A vítima fez dois pagamentos iniciais, totalizando mais de US$ 135.000, com base na declaração de Lelis de que o dinheiro estava indo para um projeto de desenvolvimento imobiliário no Texas que se qualificava para o programa de vistos para investidores.
Porém, em vez disso, o dinheiro da vítima teria ido para a conta bancária pessoal de Lelis. Ainda segundo a acusação, em vez de investir o dinheiro conforme prometido, Patrícia Lelis supostamente o usou para pagar a entrada de sua casa em Arlington, reformas de banheiros e outras despesas pessoais, como dívidas de cartão de crédito.
A denúncia diz ainda que a brasileira forneceu à vítima um número de processo falso que a mostrava como advogada do litígio. Mas, segundo a Justiça americana, Patrícia Lelis não é uma advogada licenciada.
Ela também é acusada de ter falsificado formulários de imigração dos EUA, forjado múltiplas assinaturas e criado recibos falsos do projeto de investimento do Texas, todos os quais ela enviou por e-mail para uma vítima. Lelis também supostamente criou falsas personas associadas ao fundo de investimento do Texas e enviou e-mails desses indivíduos para tentar obter ainda mais dinheiro.
A acusação alega que ela convenceu amigos a se passarem por funcionários do fundo de investimento do Texas em ligações e videochamadas com uma vítima. Quando uma delas finalmente se recusou a enviar-lhe mais dinheiro, Patrícia teria ameaçado os pais da vítima com a remoção dos Estados Unidos e depois os encaminhou para uma agência de cobrança.
A brasileira é acusada de fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade agravado.
O tribunal frisa, no entanto, que as sentenças reais para crimes federais são normalmente inferiores às penas máximas.
Apesar de procurada, Patrícia Lelis se manifestou em seu perfil no X (antigo Twitter). Ela escreveu: "Olá twitter e várias pessoas que não conheço mas acreditam que eu devo explicaçoes de algo. Sim, o FBI no USA está me 'procurando'. Mas já sabem exatamente onde estou como exilada política. Foram meses de perseguições e falsas acusações. Meu suposto crime: Não aceitei que me fizessem de bode espiatorio (sic) contra aqueles que considero como meus irmãos por cultural e principalmente por lado político e sim, 'roubei' todas as provas que pude para mostrar o meu lado da história e garantir minha segurança. E esses documentos já foram entregues ao governo que me garantiu asilo político."
"E agora publicamente e de forma Segura posso dizer: FUCK USA. E até que fim estou fora desse país de merda. Se quiser podem me matar, mas eu JAMAIS iria contra o meu proprio povo, ainda mais para dar informações ao USA", continua. A brasileira finaliza dizendo que vai curtir uma praia "bem tranquila".
Patrícia ganhou espaço na mídia em 2016, quando acusou o pastor Marco Feliciano de estupro. Ela, que se apresentava como jornalista, também se envolveu em polêmica quando disse que estava sendo ameaçada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).