Botafogo intensifica ʽintercâmbioʼ com Lyon e Molenbeek

Botafogo intensifica ʽintercâmbioʼ com Lyon e Molenbeek
O Botafogo está conectado com dois parceiros da Eagle Holding, conglomerado do empresário John Textor, dono de 90% da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Glorioso. Assim, em contextos diferentes, Lyon (FRA) e RD Molenbeek (BEL) receberam um número considerável de alvinegros nos últimos dois anos e intensificam o intercâmbio entre as agremiações.
O modus operandi é claro. Os jogadores que se destacam têm a França como destino. Jeffinho foi o primeiro. Há um ano, contrariava um pedido do então técnico Luis Castro e deixava o Mais Tradicional para vestir a camisa do Lyon. A torcida chiou. No fim das contas, contudo, o ponta tornou-se a venda mais cara da história do Alvinegro: 10 milhões de euros (R$ 55 mi), superando as saídas de Luis Henrique (2020) e Vitinho (2013).
Jeffinho, no entanto, não explodiu na terra de Napoleão Bonaparte. Sua trajetória, no "intercâmbio", portanto, não teve o ponto final com a venda ao Lyon. Por lá, disputou 21 jogos e marcou três gols. Sem brilho, transformou-se um opção para o ex-clube. Recentemente, o Botafogo acertou o seu retorno para uma temporada de empréstimo.
Enquanto Jeffinho buscava um lugar ao sol na França, o zagueiro Adryelson e o goleiro Perri chegavam à Seleção Brasileira, com o Botafogo voando no primeiro turno do Brasileirão. Valorizados, em agosto, os dois acertaram com o Lyon. Na virada do ano, veio a confirmação. A dupla, então, deixou o Mais Tradicional. No entanto, fica a pergunta: será que, diante desta "política externa", eles regressam ao Glorioso caso não vinguem no país europeu?
Na Bélgica, os atletas do Botafogo chegam em profusão durante a era SAF. Em menos de dois anos de clube-empresa, o Glorioso forneceu 12 jogadores para o Molenbeek, time que ascendeu da Série B para a A na temporada passada e, agora, sob a batuta de Cláudio Caçapa, luta para permanecer na elite.
Os atacantes Carlos Alberto (empréstimo até junho de 2024), Joffre (definitivo), Ênio (emprestado até agosto de 2023) e Rikelmi (emprestado até agosto de 2023), o meia Juninho (emprestado até agosto de 2023), os volantes Kayque (empréstimo até junho de 2024), Oyama (emprestado até agosto de 2023), Barreto (emprestado até agosto de 2023) e Del Piage (definitivo), além dos zagueiros Segovia (empréstimo até junho de 2024), Sousa (definitivo) e Sampaio (empréstimo até junho de 2024) engordaram a lista.
Realocação de estoque? A legião de brasileiros tem, como finalidade, garantir mais minutagem dos jogadores pouco aproveitados no Botafogo.
A Eagle Holding também tem o controle do Crystal Palace (ING). No entanto, John Textor não dá as cartas no futebol do clube. As decisões do futebol ficam a cargo de Steve Parish. Afinal, ele está no Selhurst Park desde 2010, conta com o respaldo dos conselheiros, livrou o clube da falência e implementou ao time uma filosofia de jogo. Deste modo, não há uma movimentação tão intensa e o argumento da minutagem.
O Palace mandou dois jogadores extremamente coadjuvantes para o Botafogo: o meia Montes e o atacante Joffre.
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