Uma ideia, um desafio, e uma desistência. Fazer o Bom Jesus somente religioso. Vocês sabiam disso?

Se alguém negar essa tentativa por meio de pesquisa, não conheceu de fato aos dois ex-prefeitos de Penedo. Um puxou a ideia, e o outro sequer pensou em conversar sobre.

Uma ideia, um desafio, e uma desistência. Fazer o Bom Jesus somente religioso. Vocês sabiam disso?

Certa feita ouvi do ex-prefeito Alexandre Toledo em tom de pesquisa, o que seria mudar a festa profana para o aniversário de Penedo, 12 de abril, separando-a da festa religiosa do Bom Jesus dos Navegantes.

Naquele momento julguei ser de uma coragem muito grande alguém tentar desmembrar os dois eventos pela estrutura ganha depois da ampla divulgação estadual e nacional da dupla festa religiosa.

A programação ganhou corpo e trouxe para Penedo os maiores nomes da música nacional, cantores e bandas, fazendo Penedo fervilhar de turistas e com o apoio da imprensa em todos os níveis, transformar a cidade dos sobrados em monumento musical brasileiro.

As justificativas eram as mais plausíveis possíveis. A baixa dos preços dos contratos de cantores e bandas em abril, em janeiro é alta temporada, e agradar a dois senhores ao mesmo tempo: a igreja com a separação com a festa profana, e trazer para o aniversário da cidade um maior destaque.

Mas a ideia miou. Ninguém teve a coragem de fazer o divórcio das duas festas sob o risco de um fracasso para a eternidade.

A festa profana tem um aliado nesta data; as férias escolares que alimenta as noites de muita música, diversão e alegria. E o Bom Jesus dos Navegantes não se incomoda com o que acontece entre quinta, sexta e sábado. Ele até gosta da separação como o poder da fé se mantendo intacta aos novos tempos. 

Creditos: Raul Rodrigues