As acomodações naturais trazidas pelo tempo e condições; BJ de ontem ao hoje

Nos anos 60 as festas do Bom Jesus dos Navegantes aconteciam sempre no segundo domingo de janeiro tanto quanto hoje. Nada mudou. Mas, neste aspecto.

As festas aconteciam na Avenida Floriano Peixoto com o parque de diversão do seu Pessoa, morador da Rua da Santa Cruz em Penedo, com

 Roda Gigante, barcos a subirem e descerem, e as sobrinhas a girarem em altas velocidades, o xodó de meninos e meninas. 

Os bingos e pescaria com prêmios, os jogos de azar espalhados pelo chão com o joga-círculo, e as roletas a girarem com o seu som característico da jante da bicicleta rararara por entre a palheta a marcar o número vencedor. 

As bancas de venda de amendoim torrado ou fubá, roletes de cana, e os famosos barquinhos com amendoim confeitado. Isso durante as noites de sexta-feira, sábado e domingo pelo dia como se dizia na época. 

A tarde do domingo era totalmente reservada para a Procissão do Bom Jesus dos Navegantes com milhares de fiéis a disputarem vagas nas balsas, canoas e lanchas, ou no cais, e espalhados pela Rocheira, ponto de observação para o povo.

Tempos depois, a festa foi levada para a Avenida Beira Rio, trecho entre a antiga sede da SUVALE – atual Codevasf – e hoje Supermercado Kibarato até a antiga Brasnorte, percorrendo também toda a Avenida Duque de Caxias, da Brasnorte até a Casa Bahia, atual Super Moda Calçados. Primeira das acomodações provocadas pelo tempo e ampliação do espaço.

Hoje, a festa do Bom Jesus dos Navegantes ganhou proporções gigantescas e ocupa toda a área da Orla do rio São Francisco, espaço planejado para o evento que mais atrai turistas para Penedo com uma vasta programação da festa profana, culminando no domingo com a Procissão terrestre e fluvial reunindo dezenas de milhares de fiéis na cidade, o que a transforma.

Penedo vira um formigueiro humano a abastecer a todo o comércio penedense, pelos penedenses que moram fora e que visitam a terrinha, pelos turistas que lotam hotéis e pousadas com reservas antecipadas, que fomenta aos taxistas que viram as noites transportando passageiros para baixo e para cima, restaurantes e bares, lanchonetes, postos de combustíveis, e aos ambulantes que recebem as bênçãos do Bom Jesus dos Navegantes por meio da arrecadação do seu trabalho como sustento para vários meses do ano.

As acomodações acontecem pelo aumento do tamanho da festa.