O esquecimento do não feito, trocado pelo “manchetismo” barato

Que a carapuça caia a quem bem lhe convier. E você internauta leitor sabe muito bem o que foi prometido e nunca feito. Estamos de Olho.

O esquecimento do não feito, trocado pelo “manchetismo” barato

Chega final ou começo de ano e os bajuladores da corte fazem o seu papel pelas manchetes que engradecem os feitos, ao esquecerem o não feito. Coisa de bajuladores.

Quem cumpriu as suas obrigações desempenhou o seu papel, e, para o qual é concursado ou contratado. De algum tempo para cá, pagar em dia é mérito, cumprir a obrigação é mérito, e até deixar de cumprir é motivo para o esquecimento de quem bajula.

As missões dadas para cada função devem ser cumpridas. E não existe razão para rasgados elogios pela prestação de contas do foi feito. Se é obrigação que se cumpra.

Desconfio de jornalecos que vivem de agradar a autoridades pela missão cumprida. Cheira a subserviência, covardia e pedido de clemência.

Juiz tem que cumprir a sua missão, delegado prender bandidos, promotor pedir a condenação de quem está errado, professor reprovar a quem não aprendeu, padre rezar a missa, médico atender aos pacientes, e assim por diante.

Mais louvável é cobrar das autoridades pelos atos falhos do dever não cumprido. Juiz que não condena, delegado que não prende, promotor que deixa de cobrar a punição, professor que não reprova, padre que não reza a missa, médico que não atende aos seus pacientes, e assim por diante.

E em Penedo algumas dessas falhas aconteceram e somente o Correio do Povo Penedo cobrou.  

Creditos: Raul Rodrigues