Motorista por aplicativo denuncia que foi agredida por passageiros em Maceió

Motorista por aplicativo denuncia que foi agredida por passageiros em Maceió
Uma motorista por aplicativo denunciou que foi agredida por passageiros em Maceió. O caso aconteceu no domingo, 1º, mas veio à tona nesta quinta-feira, 4, quando os envolvidos foram prestar depoimento na Central de Flagrantes. Em um relato publicado nas redes sociais, a vítima conta que foi agredida com socos.
Segundo Lucélia da Silva Nascimento, ela aceitou uma corrida que teria início no bairro da Serraria e deveria seguir até o Vergel. Entretanto, ao chegar no ponto de embarque, a motorista notou que os passageiros -- dois homens e uma mulher -- estavam com cerveja na mão e disse que não poderiam entrar com a bebida no carro.
"A moça, na hora, jogou a cerveja dela e o homem que estava ao lado dela, que eu acredito que é o esposo dela, não jogou, e disse que não ia jogar porque não ia perder duas cervejas. Eu falei que, por favor, ele jogasse ou então bebesse logo, que eu ia esperar para poder continuar a corrida, mas que dentro do carro não podia beber. O mesmo se negou e, na hora, me deu um murro no braço".
A motorista relata que, após sofrer a agressão, o homem bateu a porta do carro com força ao sair do veículo e que ela foi em direção a ele para "tentar se defender ou revidar" o murro. "Eu o empurrei, a esposa dele veio na minha direção para separar".
Lucélia conta que entrou no carro e começou a ligar para o 190, sem perder os passageiros de vista. Ao notar que a motorista estava ligando para a polícia, a passageira começou iniciou uma discussão. "Ela foi logo apontando o dedo no meu rosto. Foi nessa hora que eu bati no braço dela para tirar o dedo do meu rosto e ela pegou no meu cabelo. Ele [o homem] veio por trás e começou a me dar vários murros no rosto".
"Quando eu botava a mão no meu nariz, eu via sangue. Meu nariz sangrava, minha boca sangrava, meus lábios estão inchado, está tudo cortado por dentro. Eu não consigo mais ir trabalhar. Eu sobrevivo rodando de aplicativo e eu não consigo mais nem pensar em trabalhar, com medo de acontecer novamente uma situação dessa".
Na noite desta quinta-feira, 4, motoristas por aplicativo fizeram um protesto em frente ao posto de gasolina onde trabalha o homem que teria agredido Lucélia. O homem foi levado para a Central de Flagrantes, mas a delegada responsável pelo caso considerou que houve agressão das duas partes e os envolvidos foram liberados.