Filha matou a mãe envenenada por ela não aceitar namoro com homem mais velho, diz polícia

Filha matou a mãe envenenada por ela não aceitar namoro com homem mais velho, diz polícia

A adolescente suspeita de ter envenenado e matado a própria mãe no município de Arapiraca, no ano de 2022, teria cometido o crime pelo fato de a mulher não aceitar o relacionamento entre a jovem e o namorado, o homem de 50 anos de idade que também foi capturado na cidade do Rio de Janeiro, nessa quarta-feira, 03. A informação é da Polícia Civil de Alagoas.

De acordo com a investigação, a vítima identificada como Valdiclea da Silva Ferreira ingeriu veneno possivelmente no jantar preparado pela filha, vindo a passar mal no decorrer da noite do dia 28 de julho de 2022, sendo ainda socorrida até o hospital. Ele morreu no dia 1º de agosto do mesmo ano, no Hospital Metropolitano em Maceió.

A substância utilizada no crime foi detectada após exames periciais realizados pela Polícia Científica. Tratava-se de terbufós, um inseticida-nematicida sistêmico empregado em culturas agrícolas para controle de pragas e considerado produto altamente tóxico, segundo o Ministério da Saúde.

A adolescente apreendida foi morar com o namorado no Rio de Janeiro depois do homicídio. Ela foi localizada numa residência na Comunidade da Maré, enquanto o companheiro, também suspeito, foi preso enquanto deixava um banco no bairro de Bonsucesso.

Os dois agora vão ficar à disposição do Poder Judiciário de Alagoas. Não há informações se o homem e a adolescente já chegaram no estado para serem ouvidos pelas autoridades locais.

Prisão e apreensão - O homem suspeito de participar do crime foi preso nessa quarta-feira, 03, no bairro de Bonsucesso, no Rio de Janeiro, quando saia de uma agência bancária. Já a filha de Valdiclea foi apreendida no mesmo dia, numa residência localizada na Comunidade da Maré. Clique aqui e veja mais detalhes.

Eles estavam foragidos desde 2022 após serem apontados como autores do homicídio que vitimou Valdiclea, no Povoado Lagoa Cavada, no município de Arapiraca. A ação da Delegacia de Homicídios de Arapiraca, coordenada pelo Delegado Everton Gonçalves, contou com a ajuda da DHPP da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Everton Gonçalves reforçou a importância do papel desempenhado pela Polícia Científica na elucidação do caso, e esclareceu que os suspeitos estavam foragidos desde o tempo do crime, sendo localizados na cidade do Rio de Janeiro após levantamentos da Divisão de Inteligência da Especializada.

O mandado de busca da menor foi expedido pelo Juízo da 1ª Vara da Infância, enquanto o mandado de prisão foi emitido pelo Juiz da 5ª Vara Criminal, ambos de Arapiraca.