Cenário pobre da virada na Globo ressalta tempos difíceis no canal mais rico 

Chamou atenção o cenário montado para acompanhar a chegada de 2024 na Globo. Piso comum com uma estreita faixa laminada, telão sem boa definição de imagem e estrelas de diferentes tamanhos –semelhantes às vendidas em lojas populares de material de festa – penduradas no pequeno espaço. 
Sempre criamos alta expectativa em relação à maior e mais rica emissora de TV do país. Afinal, fomos acostumados ao ‘padrão Globo de qualidade’. Mas até o canal da família Marinho, com faturamento anual em torno de R$ 15 bilhões, sofre com os altos e baixos da economia. Aliás, a onda de demissões para diminuir despesas fixas atravessou 2023 e deve seguir pelos próximos meses. 
Fugindo do tradicional figurino todo branco, o repórter Hélter Duarte, sozinho no cenário simples, fez o possível para injetar entusiasmo nos minutos finais do ano e ao longo da transmissão da queima de fogos na orla de Copacabana. Não teve como evitar as frases feitas sobre esperança e superação. 
Como sempre, São Paulo mereceu uma transmissão especial para mostrar a multidão e o céu iluminado na Avenida Paulista. A ancoragem foi de Mariana Aldano. A equipe usou o estúdio dos telejornais locais, com parede de vidro voltada à Marginal Pinheiros. Um ambiente mais bonito e iluminado que o do Rio. 
À 0h, a Globo marcava 12.2 pontos. A reprise do Especial de 60 anos do ‘Programa Silvio Santos’ rendia 3.7 ao SBT. Na Record, 2.1 com o ‘Canta Comigo Especial’. A transmissão ‘Virada na Band’ gerava 0.7 ponto.