Quando o Mito vira mero Cabo Eleitoral, a ciência política é provocada

Bolsonaro esqueceu de olhar pelo retrovisor e não viu sendo alcançado e ultrapassado.

Quando o Mito vira mero Cabo Eleitoral, a ciência política é provocada

Ainda não houve uma completa estabilização do panorama eleitoral no Brasil, o qual foi dividido entre as candidaturas de Bolsonaro e Lula em 2022. Ainda há algumas agitações acontecendo em solo brasileiro. Contudo, nada parece capaz de impactar significativamente as eleições de 2024.

De forma objetiva e crua, o ex-presidente Bolsonaro deixou de ser o "Mito" para se tornar um Cabo Eleitoral para Tarcísio Freitas de Freitas, atual governador de São Paulo. Com isso, Bolsonaro perdeu a presidência. Ele conseguiu eleger alguns deputados federais sem qualquer expressão política anterior, como Eduardo Pazuello, ex-ministro da saúde, Ricardo Salles, ex-ministro do meio ambiente e mudança do clima. Mas mesmo assim, Bolsonaro perdeu a presidência.

Ele também assegurou o apoio de Mourão, senador da república e seu ex-vice-presidente. E, ainda assim, Bolsonaro perdeu a presidência. Além disso, conseguiu garantir a eleição de seus próprios familiares para todos os cargos que disputaram. E, mesmo assim, Bolsonaro perdeu a presidência.

De forma geral, conquistou dois cargos dentro do PL - Partido Liberal - o que o deixa confortável com mais de R$ 60 mil por mês entre ele e Michelle, além de um senador da república, um deputado federal e um deputado estadual no Rio de Janeiro. E se os esquemas continuam, agora estão ainda mais evidentes.

O desafio de 2024 se mostra na capacidade do "Mito" em angariar apoios para os seus candidatos a prefeitos. Essa é a questão: Bolsonaro deve ter aprendido que o sistema começa por aí.

 

Creditos: Raul Rodrigues