Diante da Fé, os vários caminhos. Angela Maria Souza Barroso

Cada ser humano é único. E cada um deles nos marcam para o sempre ao seu modo. Angela escolheu na memória e pelo mar.

Diante da Fé, os vários caminhos. Angela Maria Souza Barroso

É dito pela doutrina Espírita que ter fé é acreditar em Deus. E isto todos os seres humanos têm. Até mesmo os que devotam o ateísmo por quaisquer razões que os movam, mas diante do criador todos somos iguais, e, portanto, temos fé em alguma coisa que foi criada por Deus, o que nos leva a Ele.

Hoje foi um dia especial para a família Souza Barroso quando se atendeu ao pedido de Angela Maria Souza Barroso, filha do casal Odijas Gomes de Souza e Dona Maria Glória Rosário de Souza, que em sua memória fossem jogadas ao mar as cinzas do corpo cremado. Esta é uma comprovação da fé que a vida continua.

Em torno desse gesto foi reunida toda a família que entrelaçada pelos matrimônios reúnem mais que os Souza, vindo também os Barroso que engastados também pela fé devotaram seguir unidos até que a morte os separe temporariamente. Pois todos se reencontrarão em outro estágio de vida. A espiritual.

O gesto de grandiosidade solicitado por Angela Maria Souza Barroso fez transcender quaisquer sentimentos deixados por entre os corações felizes ou magoados pelo tempo de convivência, o que é o mais natural dos acontecimentos entre os familiares. Quem mais vive perto, mais se expõe a desencontros de ideias ou pensamentos. Mas a fé nos traz o dom do perdão e ninguém passa por esta vida sem agradar e desagradar em algum momento.

Muito mais importante que esse gesto daquela que partiu para o encontro com a nova vida entre os seus ancestrais, pais, avós e bisavós, é ter deixado um legado transmitido pelos seus mentores em educação, seus pais, e enxergado para o diante que segue na vida de cada um, dos que estão por aqui a testemunhar que somos finitos com direito à previsibilidade de que continuamos em outro andar. E ela não esqueceu de nenhum dos que se encontraram por ela neste momento.

O mar foi um dos seus maiores encantos, e por isso o escolheu para acolher as suas cinzas como demonstração de a sua lembrança jamais será apagada tão logo se olhe para o mar, para a Praia do Peba que a viu crescer, e viver que agora lhe serve de lar.

A Fé tem todos esses caminhos a serem percorridos por todos, e em cada coração que hoje foi tocado pela despedida do que restava da Angela, que fique a certeza de que ela continua presente sob a sua nova forma, mas nunca deixando de atender à Lei de Lavoisier; “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. 

Que Angela tenha deixado um mar de lembranças entre os seus.

Palavras do amigo do Dr. Raimundo, do Babalu, do Melho, Raul Rodrigues.         

Creditos: Raul Rodrigues