O poder é transitório, efêmero e envolvente, e por assim ser, embriagador
22/12/2023, 09:23:27A vitória faz parte da política tanto quanto a derrota, e até o final de uma trajetória. A vida é assim, com começo meio e fim. As pessoas têm por características conhecer o sabor desses acontecimentos. O poder político não pode ser enxergado como parte de alguém.

O poder político é como uma chama dançante, que brilha intensamente por um momento, mas que inevitavelmente se apaga. Sua natureza é intrinsecamente efêmera, pois, assim como a maré que sobe e desce, o poder político é transitório e passageiro.
Ao longo da história, líderes políticos emergiram e desapareceram, impérios foram erguidos apenas para cair, e sistemas de governo se transformaram ao sabor do tempo. A efemeridade do poder político é uma constante que desafia a perpetuidade das estruturas de autoridade.
Aqueles que o detêm podem sentir-se imponentes, capazes de moldar o curso da história e influenciar massas. No entanto, essa sensação de invencibilidade muitas vezes é ilusória. O poder político é tão volátil quanto o vento, e aqueles que o possuem podem se encontrar na iminência de perdê-lo a qualquer momento.
As dinâmicas políticas são como um jogo complexo, onde os protagonistas mudam, as alianças se formam e se desfazem, e os interesses se sobrepõem. O poder, muitas vezes, está nas mãos de poucos, mas é sustentado pela vontade e pela permissão daqueles que estão sob sua influência.
A efemeridade do poder político serve como um lembrete poderoso da transitoriedade da vida humana e das estruturas que construímos. Ela nos instiga a questionar a verdadeira natureza do poder e a refletir sobre como ele é exercido e distribuído na sociedade.
No cerne dessa efemeridade está a necessidade de responsabilidade e prestação de contas. Aqueles que detêm o poder devem fazê-lo com a consciência de que sua posição é passageira e que suas ações terão repercussões além de seu tempo no comando.
Assim, o poder político, embora possa parecer sólido e imutável em um momento, é, na verdade, um espectro fugaz que demanda sabedoria, humildade e uma compreensão profunda de seu caráter efêmero. É uma dança entre o presente e o futuro, entre a influência e a transitoriedade, um ciclo ininterrupto que molda e é moldado pela história da humanidade.