Fluminense dinizista se permite sonhar com o (quase) impossível
21/12/2023, 06:16:58Marcelo tem 35 anos, e cinco títulos da Champions League e quatro mundiais. O Manchester City tem *129 anos e um título da Liga dos Campeões da Europa. O lateral-esquerdo do Fluminense tem história mais vitoriosa do que a dos Citizens?
Por que estou sendo agressivo nas palavras com o melhor time do planeta? Pela falta de respeito da imprensa inglesa com o Tricolor e os jogadores. O jornal ‘The Telegraph’ chamou de time de aposentados o legítimo campeão da Libertadores da América, título conquistado em uma partida fantástica contra o gigante Boca Juniors. O veículo de desinformação compara o Fluminense a uma equipe do 'Soccer Aid', competição beneficente disputada por ex-atletas.
A foto que está na reportagem do jornaleco sensacionalista britânico é a de Marcelo, ou seja, não existe respeito por um craque eterno do maior clube do planeta de todos os tempos, o Real Madrid. Aliás, Marcelo está no pódio dos jogadores mais importantes da História do Madrid, como é conhecido na Espanha.
A falta de respeito é inacreditável. Marcelo ainda é um craque. O Rei não perdeu a majestade. Ah. O lateral de mais de 30 anos não tem mais físico para acompanhar os pontas velozes? A recomposição defensiva com ele e Felipe Melo não é das melhores? Em um determinado lance, essa situação ficou evidente?
No entanto, o dinizismo é isso aí mesmo: correr (muitos) riscos para colher os frutos no final. Essa frase resume bem o dinizismo. Isso aconteceu no jogo contra o Al Ahly.
Em defesa do craque brasileiro
Percy Tau parecia passear na chamada, de forma maldosa, Avenida Marcelo? A velocidade do sul-africano esgotava o velho lateral brasileiro? Mentiras. Farsas. No segundo tempo, Marcelo driblou o tal ‘craque’ do time do Egito de forma humilhante e sofreu o pênalti que abriria caminho para a vitória do Flu. Aliás, na segunda etapa, o Tricolor foi melhor tecnica e fisicamente do que o supervalorizado Al Ahly. O campeão da América do Sul confirmava o favoritismo histórico em triunfo sobre o campeão africano.
Desconhecimento da História (com H maiúsculo) do Futebol
O Flu tem, inclusive, ligações fortes com a Inglaterra. Veja que um dos primeiros ídolos e artilheiros do Tricolor era inglês, o atacante Welfare, que se dividia entre gols importantes e aulas de matemática e geografia. Welfare era centroavante e professor. Que situação triste e debilóide foi criada pelo tablóide. Respeitem, Marcelo, o Fluminense e o Brasil. Aqui não tem ‘Complexo de Vira-Lata’.
Haaland, o artilheiro da falta de educação?
E essa história de que o camisa 9 do Manchester City não tirou foto com meia dúzia de crianças? Aliás, parece que nem sequer olhou para elas. Caso essa situação esdrúxula seja verdade, e é um pouco complicado duvidar das mães que relataram isso, que grosseria inaceitável.
O mar não está para peixe
Kevin De Bruyne, Haaland, o suposto grosseirão, e Jérémy Doku foram cortados horas antes da fase semifinal do Mundial, a partida contra o campeão asiático Urawa Red, o time que tirou o Al-Hilal da edição desse ano da competição.
O pior desempenho na ‘Era Guardiola’ está sendo nesse período. Enquanto o Manchester City está 100% na Champions League, com 18 gols em seis jogos, o time comandado por Pep é ‘apenas’ o quarto colocado da Premier League, com cinco pontos atrás do líder Arsenal. Nas últimas seis rodadas do Campeonato Inglês, perdeu um jogo, empatou quatro e perdeu um, de forma muito estranha para o Aston Villa, dando apenas dois chutes em mais de 90 minutos.
Renato Gaúcho está com inveja?
O técnico do Grêmio, Renato Portaluppi, assoprou e mordeu (dessa forma mesmo) para falar sobre o estilo dinizista do jogo do Fluminense. Depois de Pep Guardiola falar bem do sistema aposicional de Diniz, Renato fez elogios ao treinador e ao time carioca. Assoprou para dar a dentada em seguida.
“Sou contra o estilo de jogo do técnico Fernando Diniz. É uma roleta-russa. Todo mundo aplaude se sair jogando de forma bonita. Errou, infelizmente, é gol”, disse o treinador do Grêmio ao podcast ‘Joga com a 10’.
Será recalque? Tudo bem que Renato tem uma Libertadores conquistada em 2017 como técnico de uma equipe de garra do Grêmio, contra o fraco Lanús, porém, quando comandava o time muito talentoso do Flu em 2008, ele conseguiu ser vice ao ser derrotado nos pênaltis para a LDU, do Equador. Aliás, com o elenco de astros do Flamengo de 2021, perdeu outra decisão da maior competição do continente sul-americano. Dessa vez, o Palmeiras levou a taça.
Enfim, o sonho do título mundial oficial é possível? Sim. Na verdade, quase impossível. No entanto, pode acontecer, pois o time de guerreiros acredita (e muito) graças ao trabalho de Fernando Diniz em todos os sentidos. Os sete jogadores com mais de 32 anos do Flu, ironizados pelo jornalzinho inglês de quinta categoria, e os garotos talentosos que completam de forma brilhante o time parecem saber os versos da música “The Impossible Dream’, de Joe Darion e Mitch Leigh, adaptada para a língua portuguesa pelos geniais Chico Buarque e Ruy Guerra e interpretada por gigantes como Altemar Dutra, Maria Bethânia, Elvis Presley e Frank Sinatra:
“Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível”
*Em 1880, o Manchester City foi fundado com outro nome, FC St. Mark’s, e, logo depois, virou Ardwick Association Football Club. Em 1894, enfim, foi refundado como Manchester City.
Por que estou sendo agressivo nas palavras com o melhor time do planeta? Pela falta de respeito da imprensa inglesa com o Tricolor e os jogadores. O jornal ‘The Telegraph’ chamou de time de aposentados o legítimo campeão da Libertadores da América, título conquistado em uma partida fantástica contra o gigante Boca Juniors. O veículo de desinformação compara o Fluminense a uma equipe do 'Soccer Aid', competição beneficente disputada por ex-atletas.
A foto que está na reportagem do jornaleco sensacionalista britânico é a de Marcelo, ou seja, não existe respeito por um craque eterno do maior clube do planeta de todos os tempos, o Real Madrid. Aliás, Marcelo está no pódio dos jogadores mais importantes da História do Madrid, como é conhecido na Espanha.
A falta de respeito é inacreditável. Marcelo ainda é um craque. O Rei não perdeu a majestade. Ah. O lateral de mais de 30 anos não tem mais físico para acompanhar os pontas velozes? A recomposição defensiva com ele e Felipe Melo não é das melhores? Em um determinado lance, essa situação ficou evidente?
No entanto, o dinizismo é isso aí mesmo: correr (muitos) riscos para colher os frutos no final. Essa frase resume bem o dinizismo. Isso aconteceu no jogo contra o Al Ahly.
Em defesa do craque brasileiro
Percy Tau parecia passear na chamada, de forma maldosa, Avenida Marcelo? A velocidade do sul-africano esgotava o velho lateral brasileiro? Mentiras. Farsas. No segundo tempo, Marcelo driblou o tal ‘craque’ do time do Egito de forma humilhante e sofreu o pênalti que abriria caminho para a vitória do Flu. Aliás, na segunda etapa, o Tricolor foi melhor tecnica e fisicamente do que o supervalorizado Al Ahly. O campeão da América do Sul confirmava o favoritismo histórico em triunfo sobre o campeão africano.
Desconhecimento da História (com H maiúsculo) do Futebol
O Flu tem, inclusive, ligações fortes com a Inglaterra. Veja que um dos primeiros ídolos e artilheiros do Tricolor era inglês, o atacante Welfare, que se dividia entre gols importantes e aulas de matemática e geografia. Welfare era centroavante e professor. Que situação triste e debilóide foi criada pelo tablóide. Respeitem, Marcelo, o Fluminense e o Brasil. Aqui não tem ‘Complexo de Vira-Lata’.
Haaland, o artilheiro da falta de educação?
E essa história de que o camisa 9 do Manchester City não tirou foto com meia dúzia de crianças? Aliás, parece que nem sequer olhou para elas. Caso essa situação esdrúxula seja verdade, e é um pouco complicado duvidar das mães que relataram isso, que grosseria inaceitável.
O mar não está para peixe
Kevin De Bruyne, Haaland, o suposto grosseirão, e Jérémy Doku foram cortados horas antes da fase semifinal do Mundial, a partida contra o campeão asiático Urawa Red, o time que tirou o Al-Hilal da edição desse ano da competição.
O pior desempenho na ‘Era Guardiola’ está sendo nesse período. Enquanto o Manchester City está 100% na Champions League, com 18 gols em seis jogos, o time comandado por Pep é ‘apenas’ o quarto colocado da Premier League, com cinco pontos atrás do líder Arsenal. Nas últimas seis rodadas do Campeonato Inglês, perdeu um jogo, empatou quatro e perdeu um, de forma muito estranha para o Aston Villa, dando apenas dois chutes em mais de 90 minutos.
Renato Gaúcho está com inveja?
O técnico do Grêmio, Renato Portaluppi, assoprou e mordeu (dessa forma mesmo) para falar sobre o estilo dinizista do jogo do Fluminense. Depois de Pep Guardiola falar bem do sistema aposicional de Diniz, Renato fez elogios ao treinador e ao time carioca. Assoprou para dar a dentada em seguida.
“Sou contra o estilo de jogo do técnico Fernando Diniz. É uma roleta-russa. Todo mundo aplaude se sair jogando de forma bonita. Errou, infelizmente, é gol”, disse o treinador do Grêmio ao podcast ‘Joga com a 10’.
Será recalque? Tudo bem que Renato tem uma Libertadores conquistada em 2017 como técnico de uma equipe de garra do Grêmio, contra o fraco Lanús, porém, quando comandava o time muito talentoso do Flu em 2008, ele conseguiu ser vice ao ser derrotado nos pênaltis para a LDU, do Equador. Aliás, com o elenco de astros do Flamengo de 2021, perdeu outra decisão da maior competição do continente sul-americano. Dessa vez, o Palmeiras levou a taça.
Enfim, o sonho do título mundial oficial é possível? Sim. Na verdade, quase impossível. No entanto, pode acontecer, pois o time de guerreiros acredita (e muito) graças ao trabalho de Fernando Diniz em todos os sentidos. Os sete jogadores com mais de 32 anos do Flu, ironizados pelo jornalzinho inglês de quinta categoria, e os garotos talentosos que completam de forma brilhante o time parecem saber os versos da música “The Impossible Dream’, de Joe Darion e Mitch Leigh, adaptada para a língua portuguesa pelos geniais Chico Buarque e Ruy Guerra e interpretada por gigantes como Altemar Dutra, Maria Bethânia, Elvis Presley e Frank Sinatra:
“Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível”
*Em 1880, o Manchester City foi fundado com outro nome, FC St. Mark’s, e, logo depois, virou Ardwick Association Football Club. Em 1894, enfim, foi refundado como Manchester City.