Ministra de Milei ameaça cortar benefícios sociais de quem bloquear ruas em protestos na Argentina
19/12/2023, 09:18:56A ministra de Capital Humano da Argentina, Sandra Pettovello, anunciou nesta segunda-feira, 18, que poderá retirar benefícios sociais daqueles que bloquearam ruas em protesto. A medida é uma resposta a manifestações, que estão marcadas para ocorrer nacionalmente nesta quarta, 20, data que relembra o massacre da Plaza de Mayo, e que este ano protestaria contra as medidas econômicas do novo governo.
Pettovello afirma em vídeo que “manifestar é um direito, mas circular também é". A mensagem foi direcionada a mães e pessoas que recebem auxílios sociais, dizendo que não precisam se preocupar com os cortes, caso não compareçam aos protestos.
"Queremos dar tranquilidade aos beneficiários dos planos sociais. Eles deveriam saber que ninguém pode forçá-los a protestar com a ameaça de cancelar o benefício. Por este motivo, suspenderemos o controle de presença fornecido pelas organizações sociais", afirmou. "Reiteramos: os únicos que não receberão auxílios serão os que vão às manifestações e bloqueiam as ruas. Como disse o presidente: ‘o que bloqueia não recebe’".
A ministra também alega que o que preocupa o governo Milei são as mães que levam os filhos para os protestos, pois é “desnecessário expô-los ao calor e à violência dessas manifestações". Aqueles que protestarem serão identificados por meio de câmeras de reconhecimento facial.
Os atos marcados para esta quarta são em protesto às medidas econômicas anunciadas pelo ministro da Economia, Luís "Totó" Caputo na semana passada. Entre os principais benefícios sociais na Argentina estão a Asignación Universal por Hijo (semelhante ao Bolsa Família brasileiro) e o cartão alimentação. Ambos passaram por reajustes de valores na pacote de Caputo, com a AUH dobrando e o cartão alimentação recebendo um incremento de metade de seu valor atual.
As duas únicas medidas do novo governo que visam conter o choque que será a inflação dos próximos meses diante da política de ajuste. Além disso, o protesto também tem foco na edução de subsídios a transporte, luz e gás, e terá epicentros no Congresso Nacional e na Plaza de Mayo.
Os protocolos de segurança para impedir bloqueio de ruas e pontes em Buenos Aires foram divulgados na semana passada pela ministra de Segurança, Patricia Bullrich. Ambos os anúncios fazem parte da política de "quem faz, paga" que o presidente Javier Milei repetiu ao longo de sua campanha.
De acordo com o jornal La Nacion, para o dia das manifestações está previsto um trabalho coordenado entre as forças de segurança da cidade de Buenos Aires, comandada por Jorge Macri, e as tropas federais comandadas por Bullrich.
Os chamados grupos piqueteiros, que promovem os protestos na Argentina, estão se organizando para uma grande mobilização na data contra as medidas anunciadas de Caputo, em que se desvalorizou a moeda em 55%, provocando um aumento no preço dos produtos que se seguirá pelas próximas semanas.
"O plano da motosserra Caputo-Milei mostra que o ajuste será pago pelo povo, não pela política. É um plano inflacionário porque tem uma grande desvalorização com tarifas de transporte e energia. Para os trabalhadores haverá demissões e salários mais baixos", criticou Belliboni no dia seguinte ao anúncio de Caputo.
**Com informações do Estadão
Pettovello afirma em vídeo que “manifestar é um direito, mas circular também é". A mensagem foi direcionada a mães e pessoas que recebem auxílios sociais, dizendo que não precisam se preocupar com os cortes, caso não compareçam aos protestos.
"Queremos dar tranquilidade aos beneficiários dos planos sociais. Eles deveriam saber que ninguém pode forçá-los a protestar com a ameaça de cancelar o benefício. Por este motivo, suspenderemos o controle de presença fornecido pelas organizações sociais", afirmou. "Reiteramos: os únicos que não receberão auxílios serão os que vão às manifestações e bloqueiam as ruas. Como disse o presidente: ‘o que bloqueia não recebe’".
A ministra também alega que o que preocupa o governo Milei são as mães que levam os filhos para os protestos, pois é “desnecessário expô-los ao calor e à violência dessas manifestações". Aqueles que protestarem serão identificados por meio de câmeras de reconhecimento facial.
Os atos marcados para esta quarta são em protesto às medidas econômicas anunciadas pelo ministro da Economia, Luís "Totó" Caputo na semana passada. Entre os principais benefícios sociais na Argentina estão a Asignación Universal por Hijo (semelhante ao Bolsa Família brasileiro) e o cartão alimentação. Ambos passaram por reajustes de valores na pacote de Caputo, com a AUH dobrando e o cartão alimentação recebendo um incremento de metade de seu valor atual.
As duas únicas medidas do novo governo que visam conter o choque que será a inflação dos próximos meses diante da política de ajuste. Além disso, o protesto também tem foco na edução de subsídios a transporte, luz e gás, e terá epicentros no Congresso Nacional e na Plaza de Mayo.
Os protocolos de segurança para impedir bloqueio de ruas e pontes em Buenos Aires foram divulgados na semana passada pela ministra de Segurança, Patricia Bullrich. Ambos os anúncios fazem parte da política de "quem faz, paga" que o presidente Javier Milei repetiu ao longo de sua campanha.
De acordo com o jornal La Nacion, para o dia das manifestações está previsto um trabalho coordenado entre as forças de segurança da cidade de Buenos Aires, comandada por Jorge Macri, e as tropas federais comandadas por Bullrich.
Os chamados grupos piqueteiros, que promovem os protestos na Argentina, estão se organizando para uma grande mobilização na data contra as medidas anunciadas de Caputo, em que se desvalorizou a moeda em 55%, provocando um aumento no preço dos produtos que se seguirá pelas próximas semanas.
"O plano da motosserra Caputo-Milei mostra que o ajuste será pago pelo povo, não pela política. É um plano inflacionário porque tem uma grande desvalorização com tarifas de transporte e energia. Para os trabalhadores haverá demissões e salários mais baixos", criticou Belliboni no dia seguinte ao anúncio de Caputo.
**Com informações do Estadão