Palavras aos Beltrão: o topo político é espaço sem oxigênio.

Nada descrito neste artigo fere à verdade ou ataca ao cidadão ou ser político. Mas resume tudo sobre um começo do fim de quem perde a noção do que é.

Palavras aos Beltrão: o topo político é espaço sem oxigênio.

Busco na Física muitas das interpretações para entender os fenômenos repetitivos da natureza, definição da própria literatura para a matéria que lecionei por décadas sempre no topo do sucesso por dedicação exclusiva. 

E neste contexto aprendi que o topo requer muita sapiência, experiência e profundo conhecimento do tema. Sem isso, o risco de queda do topo é iminente e inevitável.

Aprendi também a analisar a política pela analogia, e muito tendo na prática dos acontecimentos à frente dos meus olhos. Testemunho ocular. E isso não costuma falhar. Todos que estiveram no topo, de lá caíram mais cedo ou mais tarde. Divaldo Suruagy, Fernando Collor, Bolsonaro, até Lula cujo sistema e o povo lhe colocou lá de novo. Mas teve que cair.

E repito: o topo é um espaço da natureza onde o ar fica cada vez rarefeito, com pouco oxigênio, e provoca vertigens, tonturas, e, por fim, a queda.

Sem oxigênio pensa-se mal, perde-se a concentração e adentra-se pela escuridão puxado pelo buraco negro que suga toda a energia. E nestas condições o que se faz é ato falho.

Március Beltrão foi avisado por este redator que ele saia da prefeitura no auge da sua carreira política, mas que isso significava o pior dos riscos; se a cadeira mais alta da roda gigante der um pequeno avanço para a frente, ela começa a descer e é movimento sem freio. Pode descer direto, ou cadeira por cadeira, mas vai chegar ao último dos lugares, ou seja: o mais baixo de todos. É a hora da saída.

A política é a arte da sobrevivência, e como tal, exige dos participantes uma excelente relação com a classe, e também com o povo. E Március arriscou tudo. 

Fez firula de candidato a deputado federal, se disse líder do litoral Sul, e aos poucos foi criando arengas com gente mais alta, e é regra da natureza o mais alto ca... em quem está embaixo. E foi esse o primeiro erro Crasso de MB ao enfrentar os Renans confiando ser peça única do loteamento político da região Sul. Não era, nunca foi nem nunca será. Entre o começo e o fim existe Marx Beltrão no meio.

Chegou a secretário de estado por duas vezes, e em todas elas pediu para sair. Uma como candidato a nada, e outra por total falta de paciência e incompetência generalizada. E isto está dito e está escrito como disse Ramsés II, Imperador do Egito ao expulsar Moisés das suas terras. 

Depois de desprovido de apoios importantes, resolve então se meter na campanha das eleições em Penedo de maneira antecipada levando ao seu irmão, Marcos Beltrão, às cordas que também fica tonto por não saber porque está ali.

Conclusão: do topo à queda, e ainda falta bater ao chão que é calculado pela Física como Quantidade de Movimento. Massa vezes velocidade que faz implodir. 

Creditos: Raul Rodrigues