Os laços que unem amizade e política são compreensíveis. Os de confiança prenunciam, suspeitas. Alerta. E os de competência

Ministro ou secretário babão, esquece do povo tão logo assume. Ministro ou secretário competente ode ser tão competente que o gestor sempre o traz de volta. Ministro ou secretário da confiança do executivo não é da confiança do povo. Entendam como quiserem.

Os laços que unem amizade e política são compreensíveis. Os de confiança prenunciam, suspeitas. Alerta. E os de competência

Desde os tempos da República proclamada por militar de caserna, que as escolhas para ministérios seguem alguns caminhos que sempre embrulham os estômagos dos brasileiros quando se sabe dos nomes.

As explicações ou justificativas alinham-se a vínculos de amizade e confiança, outras vezes de confiança e competência, e outras ainda por competência. As três merecem observações.

Se for por amizade e confiança, saibam senhores internautas que a amizade é entre quem escolhe e o escolhido, já o de confiança, deve ser entre o escolhido e o povo. O povo é sábio o suficiente para defender a tese da confiança. Mas se a confiança partir entre o gestor e o escolhido, saibam todos, que o povo foi esquecido.

Se a escolha recair na confiança e competência, as duas virtudes devem ser vistas da mesma forma pelo povo. Se for entre as partes e não pelo povo, a luz amarela do trânsito já está acesa. 

E quando for dito por competência, devemos analisar se competência para o cargo, ou para quem escolhe. Quem escolhe pode pedir a competência em seu favor. E não para e pelo povo. 

Não havendo mais outras vertentes reais dentro do âmbito da política, quem escolhe parentes para os cargos mais importantes, está cheio de tantas boas intenções que não se sabe para quem.

Múltiplos secretários – aqueles que assumem a tantas secretarias precise o gestor – o multiuso, é sempre igual ao Bombril; entra limpo e limpando tudo, mas só sai enferrujado e desejando voltar tão logo possa.   

Creditos: Raul Rodrigues