O que se sabe sobre reféns mortos ao agitar 'bandeira branca' para militares israelenses
16/12/2023, 18:15:41Manifestantes saíram às ruas de Tel Aviv para protestar após três israelenses mantidos reféns em Gaza terem sido mortos pelas Forças de Defesa de Israel (IDF).
Os militares admitiram ter matado os homens a tiros quando eles saíram de um prédio balançando uma vara com um pedaço de pano branco.
Segundo informou o porta-voz das IDF, Daniel Hagari, soldados os teriam confundido com uma "ameaça".
Em Israel, os manifestantes apelaram ao governo para ampliar os esforços de negociação para a libertação dos demais reféns mantidos em Gaza pelo Hamas.
Mais de 100 pessoas seguem sequestradas após o ataque surpresa do grupo a Israel em 7 de outubro.
Os ataques israelenses a Gaza foram retomados no início de dezembro, após uma trégua de sete dias em que mais de 100 reféns foram libertados pelo Hamas em troca de 240 prisioneiros palestinos.
Os três homens mortos foram identificados como Yotam Haim, de 28 anos, Samer Talalka, de 22, e Alon Shamriz, de 26.
Eles estavam em Shejaiya, no norte de Gaza, quando foram assassinados, mas seus corpos foram transferidos para território israelense para reconhecimento.
Inbar Haiman, uma refém israelense de 27 anos que foi sequestrada no dia 7 de outubro, foi morta pelo Hamas, afirma o Fórum de Famílias de Reféns e Pessoas Desaparecidas.
Inbar, que era artista de rua e estudante de arte, foi sequestrada no festival de música Supernova em Israel e levada para Gaza.
Ela foi vista dias depois em um vídeo de reféns que circulou nas redes sociais, com sangue no rosto.
Amigos e familiares de Inbar faziam campanha pela libertação dela usando a hashtag #FreePink, em referência ao nome dela como artista de rua.
Yotam Haim, sequestrado no kibutz Kfar Aza em 7 de outubro, era músico, adorava animais e cozinhava comida italiana.
Na manhã do ataque do Hamas, ele telefonou para a família e contou que a sua casa estava em chamas. Quando abriu a janela para respirar, Yotam foi sequestrad.
Em declarações à BBC antes da morte do filho, a mãe de Yotam disse que eles trocaram mensagens enquanto ambos estavam escondidos em seus respectivos abrigos, antes de perderem a conexão.
Alon Shamriz também estava em Kfar Aza no momento do ataque. Embora seu nome não tenha sido divulgado inicialmente, sua família posteriormente deu permissão para que sua identidade fosse compartilhada.
Já Samer Talalka, um entusiasta de motocicletas que adorava viajar pelo campo e passar o tempo com os amigos, foi sequestrado no kibutz Nir Am.
Ele morava na cidade de Hura e trabalhava em uma granja de galinhas no kibutz. Na manhã do dia 7 de outubro, Talalka estava trabalhando. Ele ligou para a irmã após o ataque para contar que havia sido ferido por tiros.
Seu pai disse à imprensa local que a família perdeu o contato com ele às 7h daquele dia. Depois, uma foto dele sendo levado para Gaza foi compartilhada no Telegram.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou a morte dos três homens como uma "tragédia insuportável".
Centenas de manifestantes se reuniram em Tel Aviv na noite de sexta-feira (15/12) carregando placas e velas enquanto marchavam para uma base militar.
Os participantes do protesto pedem que o governo israelense negocie um acordo para a soltura dos reféns. As autoridades israelenses, porém, afirmam que a pressão militar é a única forma de levá-los para casa.
Neste sábado (16/12), em mais uma demonstração popular, pessoas se reuniram em frente ao Museu de Arte de Tel Aviv.
A praça em frente ao museu se tornou um símbolo da espera agonizante das famílias dos sequestrados pelo Hamas e acabou ficando conhecido como Praça dos Reféns.
Cartazes com os rostos dos reféns, sequestrados há 70 dias, foram colados em postes e paredes, junto com a mensagem: "Traga-os para casa agora".
Desde o fim de um cessar-fogo temporário que permitiu a libertação de cerca de 100 cativos, as famílias têm instado o governo a chegar a um novo acordo com o Hamas para que pelo menos alguns dos restantes reféns sejam libertados.
As IDF deram detalhes neste sábado sobre a morte dos três reféns em Shejaiya, no norte de Gaza.
Segundo um oficial militar, um de seus soldados viu os reféns saindo de um prédio sem camisa, segurando uma vara com um pano branco amarrado.
O soldado se sentiu ameaçado e abriu fogo, pois acreditou que os homens eram terroristas, disse o militar. Dois reféns foram mortos imediatamente e um ficou ferido e voltou correndo para o prédio.
Os soldados então ouviram um pedido de ajuda em hebraico, "e imediatamente o comandante do batalhão emitiu uma ordem de cessar-fogo".
O oficial afirmou, porém, que os soldados abriram fogo novamente depois disso e que o terceiro refém também morreu.
Segundo ele os três reféns foram potencialmente "abandonados ou escaparam".
"Direi muito, muito claramente. Isto foi contra as nossas regras de envolvimento. Repito, foi contra as nossas regras de envolvimento", disse o oficial.
Ele classificou as mortes como "muito trágicas" e disse que uma investigação preliminar está em andamento "no mais alto nível".
Disse ainda que "todas as regras de combate estão sendo enviadas novamente a todas as forças".
O porta-voz afirmou também que a centenas de metros de onde os três reféns foram mortos por engano havia um prédio com a inscrição "SOS".
"Ainda estamos procurando entender se existe uma ligação entre aquele prédio e os reféns", disse.
Os militares admitiram ter matado os homens a tiros quando eles saíram de um prédio balançando uma vara com um pedaço de pano branco.
Segundo informou o porta-voz das IDF, Daniel Hagari, soldados os teriam confundido com uma "ameaça".
Em Israel, os manifestantes apelaram ao governo para ampliar os esforços de negociação para a libertação dos demais reféns mantidos em Gaza pelo Hamas.
Mais de 100 pessoas seguem sequestradas após o ataque surpresa do grupo a Israel em 7 de outubro.
Os ataques israelenses a Gaza foram retomados no início de dezembro, após uma trégua de sete dias em que mais de 100 reféns foram libertados pelo Hamas em troca de 240 prisioneiros palestinos.
Os três homens mortos foram identificados como Yotam Haim, de 28 anos, Samer Talalka, de 22, e Alon Shamriz, de 26.
Eles estavam em Shejaiya, no norte de Gaza, quando foram assassinados, mas seus corpos foram transferidos para território israelense para reconhecimento.
Inbar Haiman, uma refém israelense de 27 anos que foi sequestrada no dia 7 de outubro, foi morta pelo Hamas, afirma o Fórum de Famílias de Reféns e Pessoas Desaparecidas.
Inbar, que era artista de rua e estudante de arte, foi sequestrada no festival de música Supernova em Israel e levada para Gaza.
Ela foi vista dias depois em um vídeo de reféns que circulou nas redes sociais, com sangue no rosto.
Amigos e familiares de Inbar faziam campanha pela libertação dela usando a hashtag #FreePink, em referência ao nome dela como artista de rua.
Yotam Haim, sequestrado no kibutz Kfar Aza em 7 de outubro, era músico, adorava animais e cozinhava comida italiana.
Na manhã do ataque do Hamas, ele telefonou para a família e contou que a sua casa estava em chamas. Quando abriu a janela para respirar, Yotam foi sequestrad.
Em declarações à BBC antes da morte do filho, a mãe de Yotam disse que eles trocaram mensagens enquanto ambos estavam escondidos em seus respectivos abrigos, antes de perderem a conexão.
Alon Shamriz também estava em Kfar Aza no momento do ataque. Embora seu nome não tenha sido divulgado inicialmente, sua família posteriormente deu permissão para que sua identidade fosse compartilhada.
Já Samer Talalka, um entusiasta de motocicletas que adorava viajar pelo campo e passar o tempo com os amigos, foi sequestrado no kibutz Nir Am.
Ele morava na cidade de Hura e trabalhava em uma granja de galinhas no kibutz. Na manhã do dia 7 de outubro, Talalka estava trabalhando. Ele ligou para a irmã após o ataque para contar que havia sido ferido por tiros.
Seu pai disse à imprensa local que a família perdeu o contato com ele às 7h daquele dia. Depois, uma foto dele sendo levado para Gaza foi compartilhada no Telegram.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou a morte dos três homens como uma "tragédia insuportável".
Centenas de manifestantes se reuniram em Tel Aviv na noite de sexta-feira (15/12) carregando placas e velas enquanto marchavam para uma base militar.
Os participantes do protesto pedem que o governo israelense negocie um acordo para a soltura dos reféns. As autoridades israelenses, porém, afirmam que a pressão militar é a única forma de levá-los para casa.
Neste sábado (16/12), em mais uma demonstração popular, pessoas se reuniram em frente ao Museu de Arte de Tel Aviv.
A praça em frente ao museu se tornou um símbolo da espera agonizante das famílias dos sequestrados pelo Hamas e acabou ficando conhecido como Praça dos Reféns.
Cartazes com os rostos dos reféns, sequestrados há 70 dias, foram colados em postes e paredes, junto com a mensagem: "Traga-os para casa agora".
Desde o fim de um cessar-fogo temporário que permitiu a libertação de cerca de 100 cativos, as famílias têm instado o governo a chegar a um novo acordo com o Hamas para que pelo menos alguns dos restantes reféns sejam libertados.
As IDF deram detalhes neste sábado sobre a morte dos três reféns em Shejaiya, no norte de Gaza.
Segundo um oficial militar, um de seus soldados viu os reféns saindo de um prédio sem camisa, segurando uma vara com um pano branco amarrado.
O soldado se sentiu ameaçado e abriu fogo, pois acreditou que os homens eram terroristas, disse o militar. Dois reféns foram mortos imediatamente e um ficou ferido e voltou correndo para o prédio.
Os soldados então ouviram um pedido de ajuda em hebraico, "e imediatamente o comandante do batalhão emitiu uma ordem de cessar-fogo".
O oficial afirmou, porém, que os soldados abriram fogo novamente depois disso e que o terceiro refém também morreu.
Segundo ele os três reféns foram potencialmente "abandonados ou escaparam".
"Direi muito, muito claramente. Isto foi contra as nossas regras de envolvimento. Repito, foi contra as nossas regras de envolvimento", disse o oficial.
Ele classificou as mortes como "muito trágicas" e disse que uma investigação preliminar está em andamento "no mais alto nível".
Disse ainda que "todas as regras de combate estão sendo enviadas novamente a todas as forças".
O porta-voz afirmou também que a centenas de metros de onde os três reféns foram mortos por engano havia um prédio com a inscrição "SOS".
"Ainda estamos procurando entender se existe uma ligação entre aquele prédio e os reféns", disse.