Defesa Civil ainda não iniciou monitoramento da mina rompida na Mundaú

Defesa Civil ainda não iniciou monitoramento da mina rompida na Mundaú
O monitoramento da mina 18 da Braskem, que se rompeu no domingo passado, 10, ainda não foi retomado pelos técnicos envolvidos no processo. Apesar da instalação de novo equipamento, apresentados pela sigla DGPS e que capta movimentos do solo, a coleta dos dados precisa ser realizada por até 10 dias antes de ser divulgada. A informação é do coordenador da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre.
Segundo ele, o equipamento novo que substituiu um similar que foi sugado durante o rompimento da mina, precisa ser calibrado para não haver falhas na medição da movimentação do solo. Além disso, a coleta deve ser feita em alguns dias para gerar dados. "Precisamos de dias de transmissão de dados para que a gente possa ter o processamento deles em forma de um gráfico", disse.
Abelardo Nobre garante que demais equipamentos instalados para acompanhamento do restante das minas, 34 delas, estão funcionando sem anormalidade e a leitura dos dados não apresenta anomalia.
Além de medir a movimentação do solo, a Defesa Civil usa equipamento de sonar para gravar imagens e medir a profundidade da cratera. Segundo Abelardo, não há previsão para ser instalado um sonar na área colapsada. "Ainda não há segurança para fazer isso, nem por embarcação e nem de forma remota. Somente com esse sonar vamos ter a ideia real interna daquele local e a profundidade da mina. É algo que exige tempo, é um fenômeno geológico que impõe risco", afirmou.