Estaria a grande mídia errada sobre o caso Braskem?

O que se tem de conclusão neste momento é que nem uma opinião está com garantias confirmadas. Entretanto que o risco é claro, disso ninguém tem dúvida. A magnitude é que se discute.

Estaria a grande mídia errada sobre o caso Braskem?

É de domínio público que Maceió virou um queijo suíço de tão perfurada em seu subsolo depois do advento da chegada da Salgema Indústria Química desde a década de 70 até os dias atuais. Essa catástrofe vem sendo cantada e decantada desde o início dos anos 2000.

Porém, neste exato momento após a estrutura da mina 18 ter sido afetada mais diretamente com possível afundamento em suas estruturas, e que em quase nada ter afetado aos bairros anunciados como parte do grande desastre, fica então a dúvida levantada: o que de fato está por trás das notícias?

Enquanto redator do Correio do Povo Penedo e do anterior, Correio do Povo de Alagoas – CPA – sempre pautei que o risco era iminente e gravíssimo pela forma como a Braskem invadiu o subsolo da cidade em busca do sal-gema, para lucros absurdos. E a retirada do sal-gema foi feita.

Todavia, diante do atual quadro e dos acontecimentos monitorados por instrumentos e tecnologia, e, também pela exposição feita pelo Professor da UFAL, Abel Galindo, do departamento de Física, onde estudei, cria-se a dúvida sobre as proporções do grande desastre.

O que se sabe é que as minas provocadas pela Braskem não são tão somente a áreas ocas do subsolo de Maceió, são tão somente locais de concentração da extração do ouro salgado, não sendo do conhecimento do grande público a exata dimensão do quanto a cidade não tem mais solo compactado. E se tem crateras, estas não se sustentam no ar. 

Creditos: Raul Rodrigues