Ministério da Saúde monitora novas variantes da Covid
07/12/2023, 09:19:03SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ministério da Saúde está monitorando novas subvariantes da Covid. Novas no Brasil, a JN.1 e a BA.2.86.1 foram identificadas inicialmente no Ceará. A primeira já corresponde a 3.2% das detecções no mundo.
A JG.3, derivada da EG.5, conhecida popularmente como Éris, foi isolada no mesmo estado nordestino, mas não se tornou predominante por lá. A cepa vem sendo monitorada pelo órgão nos últimos meses, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), ao menos a JN.1 e a JG.3 foram encontradas em 47 países.
Segundo o secretário Executivo de Vigilância em Saúde do Ceará, Antonio Silva Lima Neto, o estado apresentou baixa transmissão do coronavírus até o início de novembro, com aumento discreto de positividade. Ao longo do mês, tornou-se acelerado. Como o padrão epidemiológico havia mudado rapidamente, a primeira hipótese foi a introdução de variantes com escape vacinal.
"No sequenciamento do dia 30 de novembro vieram 47 amostras. Destas, 38 foram identificadas como JN.1 e uma como BA.2.86.1, que são descendentes da BA.2.86, da ômicron. A JN.1 foi isolada na Dinamarca e produziu muitos casos na Europa Continental, nos Estados Unidos, mas ainda não tinha sido isolada no Brasil. É uma subvariante que agrega escape vacinal", explica o secretário.
Há casos da JN.1 em vários municípios cearenses, com prevalência em Fortaleza. A identificação das variantes foi feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará.
A cobertura vacinal da bivalente no Ceará está em cerca de 19%, concentrada em sua maioria nos idosos; a da monovalente está em torno de 70%.
Ao que tudo indica, as variantes não são responsáveis por casos graves de Covid, mas é cedo para afirmar. "A JN.1 não foi examinada pela OMS. A OMS se permitiu dizer que não havia nenhuma evidência de de casos mais severos. Essa variante é muito nova. A gente ainda está em monitoramento. Acho prematuro dizer que a variante é incapaz de produzir casos mais severos", ressalta Neto.
Entre as recomendações da Secretaria Estadual de Saúde do Ceará estão o uso de máscaras pela população vulnerável, ventilação dos ambientes, incentivo à vacinação com busca ativa pelos não imunizados e monitoramento por meio de testagem.
O Ministério da Saúde disponibilizou uma equipe da vigilância epidemiológica para ir ao Ceará, se necessário, e enviou um reforço de 900 tratamentos antivirais para casos leves de Covid em maiores de 65 anos e imunossuprimidos com 18 anos ou mais. Cerca de 35 mil reações para diagnóstico molecular do vírus e 30 mil testes rápidos de antígeno também foram encaminhados ao estado.
É importante completar o esquema vacinal contra a Covid de imediato. A partir de 2024, a vacina contra a Covid-19 passará a integrar o Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde e as doses serão disponibilizadas apenas aos grupos prioritários.
Além de crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos, fazem parte do público-alvo os idosos, imunocomprometidos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com comorbidades, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores, pessoas com deficiência permanente, privados de liberdade maiores de 18 anos, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema penitenciário e pessoas em situação de rua.
A JG.3, derivada da EG.5, conhecida popularmente como Éris, foi isolada no mesmo estado nordestino, mas não se tornou predominante por lá. A cepa vem sendo monitorada pelo órgão nos últimos meses, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), ao menos a JN.1 e a JG.3 foram encontradas em 47 países.
Segundo o secretário Executivo de Vigilância em Saúde do Ceará, Antonio Silva Lima Neto, o estado apresentou baixa transmissão do coronavírus até o início de novembro, com aumento discreto de positividade. Ao longo do mês, tornou-se acelerado. Como o padrão epidemiológico havia mudado rapidamente, a primeira hipótese foi a introdução de variantes com escape vacinal.
"No sequenciamento do dia 30 de novembro vieram 47 amostras. Destas, 38 foram identificadas como JN.1 e uma como BA.2.86.1, que são descendentes da BA.2.86, da ômicron. A JN.1 foi isolada na Dinamarca e produziu muitos casos na Europa Continental, nos Estados Unidos, mas ainda não tinha sido isolada no Brasil. É uma subvariante que agrega escape vacinal", explica o secretário.
Há casos da JN.1 em vários municípios cearenses, com prevalência em Fortaleza. A identificação das variantes foi feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará.
A cobertura vacinal da bivalente no Ceará está em cerca de 19%, concentrada em sua maioria nos idosos; a da monovalente está em torno de 70%.
Ao que tudo indica, as variantes não são responsáveis por casos graves de Covid, mas é cedo para afirmar. "A JN.1 não foi examinada pela OMS. A OMS se permitiu dizer que não havia nenhuma evidência de de casos mais severos. Essa variante é muito nova. A gente ainda está em monitoramento. Acho prematuro dizer que a variante é incapaz de produzir casos mais severos", ressalta Neto.
Entre as recomendações da Secretaria Estadual de Saúde do Ceará estão o uso de máscaras pela população vulnerável, ventilação dos ambientes, incentivo à vacinação com busca ativa pelos não imunizados e monitoramento por meio de testagem.
O Ministério da Saúde disponibilizou uma equipe da vigilância epidemiológica para ir ao Ceará, se necessário, e enviou um reforço de 900 tratamentos antivirais para casos leves de Covid em maiores de 65 anos e imunossuprimidos com 18 anos ou mais. Cerca de 35 mil reações para diagnóstico molecular do vírus e 30 mil testes rápidos de antígeno também foram encaminhados ao estado.
É importante completar o esquema vacinal contra a Covid de imediato. A partir de 2024, a vacina contra a Covid-19 passará a integrar o Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde e as doses serão disponibilizadas apenas aos grupos prioritários.
Além de crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos, fazem parte do público-alvo os idosos, imunocomprometidos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com comorbidades, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores, pessoas com deficiência permanente, privados de liberdade maiores de 18 anos, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema penitenciário e pessoas em situação de rua.