Na tora: vale a pena ser vereador nos moldes atuais?

Para alguns acéfalos, prestígio, para outra parcela negócio, para uns poucos missão, e finalmente, uma mistura de tudo. Mas isso nunca deixar de existir.

Na tora: vale a pena ser vereador nos moldes atuais?

Será que vale a pena ser vereador nos moldes atuais? Para os atuais e pretendentes doentios pelo sabor do poder, mesmo que seja “Sapore Di Sali” no perfeito italiano, a resposta será sempre sim.

Mas quando viajamos pelo túnel do tempo, e, nos deparamos com as verdadeiras autoridades de décadas passadas, vemos uma grande diferença em todo o contexto.

O vereador de tempos atrás se mantinha imune às desconfianças causadas por votações que os colocavam em confronto com o povo, os projetos de lei não tinham tanas conotações controversas entre os vereadores e o povo.

As nomenclaturas usadas para denominar aos parlamentares mirins não chegavam a ofender a honra nem às famílias dos mesmos, não se desmoralizava ao homem nem ao político. Se muito um bom embate entre os mesmos ou para com a população.

Os subsídios não transformavam as eleições em grandes negócios – investir pata ter retorno – e as escolhas recaiam sobre nomes com histórias de luta ou de confiança do povo. A força do trabalho em determinadas áreas também tinha seu valor. E a sociedade era decisiva na formação das opiniões.

A vida do cidadão e do vereador não impunha a estes, tantas mudanças transformando a suas residências em Casa de Assistência Social. A vida familiar tinha serena continuidade.

E se ganhavam alguma coisa, era o suficiente para não ferir a economia doméstica. E se empregavam a parentes ou amigos, eram em números de um só digito.

Hoje se recebe um bom subsídio, ainda em alguns casos, “mimos”, e se emprega muito mais que antes, e ao final das contas não dá para nada. A conta nunca fecha. Nem em dinheiro nem em empregos. 

O povo invadiu os espaços da economia doméstica, da casa do vereador, dos tão sonhados empregos, e a dívida só aumenta a cada ano. 

Se tornou em um verdadeiro pagador de promessas. 

 

 

Creditos: Raul Rodrigues