Mina 18: iminência de colapso muda a rotina dos moradores de Maceió

Medo toma conta de maceioenses com a ameaça de afundamento sem limites de proporções

Mina 18: iminência de colapso muda a rotina dos moradores de Maceió

“O pesadelo não acaba”, essa foi a frase que a moradora do bairro do Farol se referiu ao falar sobre a inclusão da rua onde mora no mapa de risco, após o anúncio do colapso da mina 18, situada no Mutange, em Maceió. 

Lavínia Santos disse à reportagem que morava no Pinheiro, perto do Hospital Sanatório, devido ao afundamento do solo, e “após relutar muito” em 2020 deixou sua casa e foi morar na casa dos pais, no Farol.

“Agora, novamente vivo esse pesadelo”, comentou acrescentando que apesar de “ainda” não haver avisos para deixar a casa, “só o fato de estar em área de risco trás à tona todos os fantasmas e medos que pensamos ter deixado no passado”.

Incógnita do medo

A empresária Marcela Santos disse à reportagem que seu filho estuda em uma creche na nova área demarcada e desde que iniciaram os rumores do colapso e depois dos avisos oficiais do problema na mina 18, ele não foi à aula.

“Eu e outras mães estamos apreensivas e não vamos levar nossos filhos à creche sabendo que a qualquer momento pode acontecer uma tragédia, pois as informações são que vai acontecer, no entanto a data exta e a dimensão ainda são uma incógnita”, disse apreensiva.

Precaução e segurança

A mudança afeta não só os moradores dos bairros próximos, mas também de todos que transitam na capital. Como reflexo de todo o estado de alerta e a possibilidade de uma catástrofe um motorista de transporte por aplicativo, que preferiu não se identificar, comentou que está “evitando” pegar corridas para as proximidades das áreas de risco.

“Não sabemos quando, nem como o colapso vai acontecer, mas sabemos que vai acontecer e caso seja emitido um alerta posso ficar preso no trânsito ou até me envolver em algum acidente, então por minha segurança e dos passageiros que transporto, prefiro evitar rotas nas proximidades”,  revelou o motorista que essa medida também afeta seus rendimentos.

Creditos: Redação