Marinha do Brasil proíbe navegação na Lagoa Mundaú em meio a risco de colapso; Prefeito JHC acompanha inspeção

A Capitania dos Portos de Alagoas - Marinha do Brasil informou, nesta sexta-feira (01), por meio de nota, a proibição do tráfego de embarcações na Lagoa Mundaú, que banha a região do bairro do Mutange, que sofre risco de colapso das minas de Salgema da Braskem.

De acordo com o comunicado feito pelo capitão Luciano da Silva Teixeira, a decisão foi tomada visando evitar maiores riscos durante o percurso no local, garantindo a “segurança da navegação e a salvaguarda da vida humana”.

Confira abaixo a nota na íntegra:

“O CAPITÃO DOS PORTOS DE ALAGOAS, no uso das atribuições que Ihe são conferidas pelo inciso I do art. 4° da Lei n° 9.537, de 11 de

 dezembro de 1997 (LESTA), que dispõe sobre a Segurança do Tráfego Aquaviário em águas sob jurisdição nacional, e o contido no Parecer Técnico n° 20/2023, da Coordenadoria Municipal Proteção e Defesa Civil do Município de Maceió, resolve:

Art. 1° Proibir o tráfego de embarcações na Lagoa Mundaú, na área delimitada pelas coordenadas geográficas abaixo descritas, devido ao risco de colapso das minas de Salgema existentes abaixo do leito da citada lagoa, que pode comprometer a segurança da navegação e a salvaguarda da vida humana:

a) LAT 09° 38' 59"S LONG 035° 45' 20"W;

b) LAT 09° 37' 52"S LONG 035° 45' 46"W; e

c) LAT 09° 37' 21"S LONG 035° 45' 37"W

Art. 2° Esta Portaria entra em vigor na presente data.”

Prefeitura acompanha a inspeção

O prefeito de Maceió, JHC, também esteve presente no local para acompanhar, na tarde desta sexta-feira (01) o trabalho executado pela Marinha do Brasil na área de risco de colapso da Lagoa Mundaú, próximo à mina 18. Desde o alerta de risco feito pela Defesa Civil, a Marinha vem mantendo embarcações na lagoa para evitar que pescadores acessem a área delimitada.

Durante o procedimento, JHC agradeceu o apoio prestado pela Marinha, e afirmou que a capital alagoana tem seguido com todos os protocolos de segurança.

“Desde 2019 esta área já estava em isolamento e agora a Marinha ampliou esse raio, de acordo com as informações fornecidas pela Defesa Civil. Eu queria, em nome do Gabinete de Crise, agradecer à Marinha do Brasil. Estamos monitorando 24 horas, seguindo todos os protocolos, e essa atitude é uma prova disso. Com certeza, com a força e união de todas as instituições sérias do nosso país vamos vencer esse momento”, disse JHC.

Luciano Teixeira, capitão da Marinha do Brasil, explicou que a presença das embarcações na lagoa tem como objetivo garantir a segurança dos pescadores que circulam a região.

“Diariamente temos mantido embarcações aqui na área, de maneira que pescadores não se aproximem da área de risco iminente de colapso. Desde 2019 há um plano de contingência, a Marinha do Brasil delimitou uma área de 300 metros, depois 500 e agora, ampliamos a área para mil metros. A Marinha do Brasil está preocupada em salvaguardar as vidas e tem mantido embarcações para orientar, sobretudo os pescadores, para que não ultrapassem a área”, afirmou.

A Prefeitura de Maceió segue realizando o monitoramento do local e acompanhando de forma permanente para garantir a segurança da população maceioense.

*estagiário com supervisão da editoria