Largo do São Gonçalo: Avanços e Atrasos em observações

Avançar e melhorar não é errado. Mas sem trazer efeitos colaterais.

Largo do São Gonçalo: Avanços e Atrasos em observações

A antiga Avenida Floriano Peixoto, que por mais de um século foi o epicentro do comércio em Penedo, palco de grandes eventos nos antigos carnavais, natais e finais de ano, além de ser o principal ponto de encontro dos jovens durante os anos 70 e 80 desfilando após vencerem os vestibulares, notabilizou-se como o coração das maiores e lojas do século XX e início do XXI. No entanto, essa avenida passou por transformações que merecem ser cuidadosamente consideradas.

Com a transformação para o Largo de São Gonçalo, muitas mudanças ocorreram, algumas para melhor e outras para pior. Negar isso é ignorar razões que a própria lógica desconhece.

Os aspectos positivos foram:

  • Penedo ganhou um novo espaço, uma espécie de calçadão, especialmente na área em frente à igreja de São Gonçalo dos Homens Pardos, facilitando a movimentação das pessoas.
  • Houve uma ampliação das possibilidades de uso desse espaço para eventos e shows no calçadão.
  • Foi realizada uma urbanização da área, antes invadida por ambulantes que, em busca de sustento, não perceberam o impacto visual negativo em um local tão promissor e promissor ao sucesso.

Contudo, os pontos negativos também merecem atenção:

  • A construção do calçadão feita trouxe drástica redução das áreas de estacionamento em todos os aspectos. Os proprietários das lojas locais, ao chegarem cedo e ocuparem essas vagas, limitam o espaço disponível para os clientes, o que impacta diretamente nas vendas. Não foi criado um compensatório local para tamanha redução dos estacionamentos da antiga Avenida Floriano Peixoto, prejudicando consideravelmente a área comercial, que é uma fonte de receita para o município.
  • O trânsito na região assemelha-se a uma capital sobrecarregada de carros. Com poucos veículos, já há congestionamentos. Nos dias de feira-livre, isso prejudica ainda mais os comerciantes. É crucial um melhoramento do trânsito, mas não consegue acomodar muitos carros e motos em espaços limitados.
  • Além disso, outro fator que não está diretamente relacionado à transformação do espaço, mas que ameaça a sobrevivência do que um dia foi o maior centro comercial da cidade, é o preço dos aluguéis nas ruas adjacentes. Penedo vive um momento progressista, porém, ainda há muito a ser resolvido. Estamos em uma fase inicial desse processo.

Assim, é sensato analisar e refletir mais profundamente sobre o uso de áreas próximas, como o 'estacionamento' do Convento, para aliviar parte do sufocamento que o comércio da antiga Penedo está enfrentando.

 

Creditos: Raul Rodrigues