Pela primeira vez a câmara de vereadores de Penedo pode ter vereadoras em 2024

Aumento no número de mulheres vereadoras e a volta de negros à vereança é ato muito bem referendado para uma sociedade plural

Pela primeira vez a câmara de vereadores de Penedo pode ter vereadoras em 2024

As quebras de paradigmas na política brasileira remontam aos tempos de Getúlio Vargas, quando instituiu o voto feminino como direito das mulheres, nos anos 40. Na década de 50, a chegada de negros à câmara de vereadores de Penedo, com Bernardino Fausto, líder da A classe trabalhadora do Barro Vermelho e com acesso ao governador do estado sendo marcante por suas lutas e conquistas.

A primeira vereadora eleita em Penedo, Alita Andrade, abriu portas para outras mulheres como Jacira, Ivana, Lúcia do SESP e Raquel Tavares, esta última limitando sua densidade eleitoral por conta de seus pensamentos sectários. Poderia ter crescido mais se fosse menos persistente nesses aspectos.

No próximo ano eleitoral, há chances reais de aumento nas vagas ocupadas por vereadoras. Raquel deve manter sua cadeira com uma votação forte, mas dentro dos limites que ela mesma impõe. Aline Costa, indicada pelo ex-prefeito Március Beltrão, também deverá ocupar um assento na CVP. Alana Toledo, que abdicou de sua pré-candidatura, deixa duas vagas possivelmente a serem preenchidas, quando naturalmente seriam três.

Caso tenhamos representantes da comunidade negra - sem nenhum preconceito - é importante ressaltar que o orgulho pela cor é fundamental. Não se deve negar a cor por posturas preconceituosas, mas sim manter o orgulho de fazer parte da construção das riquezas existentes neste país. É crucial considerar que, embora em alguns casos indivíduos brancos e pardos estejam preparados por formação acadêmica ou por herança para o capitalismo, a realidade do emprego ainda é desigual.

Mudanças significativas em cada período são bem-vindas. 

Em Penedo, uma cidade com rica cultura e história, seria positivo quebrar novamente paradigmas como precursora na política alagoana e brasileira.

 

Creditos: Raul Rodrigues