Se o tráfico é o maior empregador no Brasil, onde está a justiça?

É de domínio público onde estão as bocas de fumo, mas as polícias não chegam por lá; Por que será? A fora as mortes de inocentes por balas perdidas

Se o tráfico é o maior empregador no Brasil, onde está a justiça?

Seria um tanto cômico, se não fosse trágico, afirmar que no Brasil o maior empregador de pessoas é o tráfico de drogas, o epicentro do crime organizado que desafia os governos federais e estaduais, infiltrando-se desde pequenas cidades e povoados até os grandes centros, onde figuras do mundo financeiro exercem um poder paralelo.

É uma constatação de que, no meio do tráfico, apenas os pequenos “pombos”, os usuários individuais, e aqueles que denunciam pontos de venda de drogas são mortos. Contudo, esses crimes relatados são investigados para identificar os responsáveis ​​intelectuais ou materiais que nunca são punidos. São mortes causadas pela Guerra do Tráfico e pronto.

Grandes veículos jornalísticos, sejam televisivos, impressos ou de rádio, também têm relatado que uma parcela significativa dos policiais militares e civis no Rio de Janeiro está sendo cooptada pelos traficantes, permitindo que crimes de qualquer natureza ocorram sem interferência. Isso inclui assassinatos por encomenda de usuários individuais, conflitos entre quadrilhas de traficantes e até mesmo contra policiais militares que se encontram fora desse esquema.

Há até especulações sobre o envolvimento de magistrados e políticos de alto escalonamento do Brasil, incluindo senadores, deputados federais e estaduais, como mentes por trás do tráfico, utilizando seus cargos para protegê-los a si próprios e aos seus interesses. Alguns jornais chegam a mencionar que ex-presidentes e seus filhos fazem parte de milícias e são milicianos de longa data.

Se o tráfico é o setor que mais emprega, é natural que todas as classes estejam envolvidas. Enquanto em países em guerra as mortes são motivadas por razões que sustentam um terror de tal magnitude, aqui as mortes ocorrem principalmente devido ao tráfico de tudo e entre todos.

Creditos: Raul Rodrigues