Quando o mal de Alzheimer já toma conta de alguns políticos

É claro que o povo sabe qual político tem mais méritos. Se confunde quem tem mais interesses.

Quando o mal de Alzheimer já toma conta de alguns políticos

Reza a lenda que tudo na vida se repete não pelo tempo passado, mas algumas vezes, pelas ambições incontidas. E isso é verdade.

Vejo nas redes de televisão um confronto interminável entre as palavras do ex-presidente Bolsonaro e do atual Lula III, ambos querendo mérito por grandes obras como se apenas um deles fosse capaz de realizá-las. 

Os mandatos têm limites, mas as obras nem sempre. 

Elas podem transcender o tempo dos mandatos, porém, é inegável que quem mais realiza possui mais méritos. 

É crucial identificar quem teve uma ideia. Caso contrário, a cachoeira de Paulo Afonso não teria sido tema de uma música cantada por Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. 'Getúlio teve uma ideia, Delmiro sugeriu, Apolônio aproveitou; Getúlio decretou, e Dutra concretizou; o presidente Café inaugurou a usina; e, graças a esses homens valorosos, meu Paulo Afonso foi um sonho que se realizou'.

As lições da política permanecem vivas e sempre atuais ao serem contadas, mesmo que por vezes distorcidas pelo mal de Alzheimer que afeta algumas pessoas, levando-as a pensar que os outros também estão sofrendo do mesmo mal. 

Por isso, se cada um utilizasse o tempo de forma adequada, dentro da realidade, não existiria o que na Física chamamos de 'imagem virtual'. 

O tempo afeta a memória, a visão é afetada pela catarata e pelo glaucoma, mas nem sempre no mesmo momento para todos.

 

Creditos: Raul Rodrigues